

A XP elevou o preço-alvo das ações do Banco do Brasil (BBAS3) de R$ 37 para R$ 41, e manteve a recomendação de compra para os papéis. O novo preço-base representa um potencial de alta de 48,8% em relação ao fechamento de quinta-feira (10).
A mudança de estimativa veio com a incorporação dos resultados de 2024 e das projeções corporativas (guidances) para este ano nos modelos da casa de análise. “A despeito do cenário macro provavelmente desafiador em 2025 e de uma inadimplência mais alta na carteira agro, esperamos que o lucro cresça até 4% em relação a 2024”, afirmam os analistas Bernardo Guttmann e Matheus Guimarães.
Em relatório enviado a clientes, os profissionais apontam que 40% das captações do BB vêm de depósitos judiciais e de poupança, que têm custo abaixo do CDI, de cerca de 6% ao ano. Com isso, o cenário de juros mais altos tende a ser benéfico para o banco.
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A XP espera que o ano seja de recuperação dos índices de capital do banco público, diante do alívio nos juros futuros e de um crescimento menor da carteira de crédito. Este crescimento, afirma a casa, tende a ser saudável, e se alinha a um cenário econômico mais difícil.
Na própria carteira agro, os analistas consideram que o Banco do Brasil (BBAS3) tem uma vantagem competitiva, diante da posição de liderança do banco no crédito ao setor. Segundo eles, a carteira do banco para o segmento cresceu 92% entre 2020 e 2024, e está bastante pulverizada entre culturas e regiões do País.