Ações do BB despencam mais de 12% e puxam ações do setor bancário para baixo. (Foto: Adobe Stock)
Os resultados do primeiro trimestre do Banco do Brasil (BBAS3) foram considerados mais fracos que o esperado pelo mercado, como mostra esta reportagem. O desempenho fraco da estatal pesou sobre o humor dos investidores no setor bancário: as ações de bancos em geral recuam nesta manhã de sexta-feira (16), contribuindo para o movimento de baixa no Ibovespa hoje. Somente o BB fechou em queda de 12,64%, cotado a R$ 25,67. O Ibovespa encerrou o dia em baixa de 0,11%, aos 139.187,39 pontos.
No seu resultado trimestral, o banco revisou suas projeções (guidance) e aumentou as incertezas do mercado sobre o seu futuro em um trimestre marcado pela disparada da inadimplência do agronegócio e pelo impacto da nova Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) n.º 4.966, que obriga bancos a antecipar provisões no balanço – saiba mais nesta matéria.
Lucro abaixo do esperado derruba ações do Banco do Brasil
O reflexo do balanço do Banco do Brasil nos seus papéis foi imediato: assim que o pregão abriu, as ações hoje exibiam queda superior a 14%, liderando a lista de maiores baixas do Ibovespa.
Antes da abertura, algumas corretoras já sugeriam um pregão fraco para o BB. “Vemos riscos de surpresas negativas para as nossas estimativas em 2025 e esperamos uma reação negativa do mercado”, escrevem os analistas Marcelo Mizrahi e Eric Ito em relatório do Bradesco BBI enviado a clientes.
Para o head de Renda Variável da Fami Capital, Gustavo Bertottim, o setor bancário da Bolsa de Valores hoje está contaminado pelo balanço do Banco do Brasil, que derruba os papéis. “No setor bancário, o resultado de uma empresa serve como um aviso sobre as outras”, explica.
No fechamento, o Bradesco, que se recuperou da baixa no pregão, encerrou o dia em alta de 0,75% (BBDC3) e 0,33% (BBDC4), Itaú virou para alta e avançou 0,87% (ITUB3) e 0,58% (ITUB4). As units de Santander (SANB11) e BTG (BPAC11) recuaram 1,05% e 1,41%, respectivamente.