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Banco Mundial corta previsão para crescimento do PIB da China em 2022

Banco Mundial corta previsão para crescimento do PIB da China em 2022
Economia global ainda sente efeitos das restrições contra o coronavírus na China. Foto: Envato Elements

O Banco Mundial cortou drasticamente as projeções para o crescimento da economia chinesa este ano e no próximo, em meio aos efeitos da rígida política de combate à covid-19 e da severa crise de liquidez no mercado imobiliário local.

Em comunicado divulgado nesta terça-feira, a instituição informou que estima alta de 2,7% no Produto Interno Bruto (PIB) da China em 2022, bem abaixo da previsão de avanço de 4,3% feita em junho.

Se confirmado, o resultado ficaria consideravelmente aquém da meta de crescimento de “cerca de 5,5%” estabelecida pelo governo chinês no início do ano. A entidade também reduziu a expectativa para a expansão da atividade no país em 2023, de 5,2% a 4,3%.

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No documento, o Banco define como “irregular” a recuperação da segunda maior economia do planeta, apesar dos esforços do governo para apoiar a retomada. Dessa forma, as perspectivas estão sujeitas a “riscos significativos”, de acordo com o relatório.

Surtos recorrentes de covid-19, a possibilidade de restrições à mobilidade e a cautela do consumidor podem levar a um impacto econômico ainda mais duradouro da pandemia, ainda na visão do Banco Mundial. “Estresses persistentes” no setor imobiliário completam o cenário de incertezas.

“A economia da China também é vulnerável às mudanças climáticas, às perspectivas de crescimento mundial altamente incertas, ao aperto maior do que o esperado nas condições financeiras globais e ao aumento das tensões geopolíticas”, avalia.

A instituição acrescenta que, para mitigar os efeitos econômicos, Pequim deve ampliar a campanha de vacinação contra o coronavírus e melhorar a eficiência de hospitais para os casos mais severos da doença.

No campo macroeconômico, o Banco entende que medidas de apoio serão necessárias no curto prazo, mas que essas ações devem ser direcionadas para “investimentos verdes”, ao invés dos tradicionais gastos com infraestrutura. Com isso, o governo “não apenas apoiaria a demanda de curto prazo, mas também contribuiria para um crescimento mais inclusivo e sustentável no médio prazo”.

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O Banco Mundial orienta ainda que reformas estruturais profundas sejam retomadas e que novos esforços sejam feitos para reduzir o desemprego entre os mais jovens.