

Os brasileiros estão combinando o uso de bancos digitais ao dos tradicionais, de acordo com pesquisa do Bank of America (BofA) realizada nos últimos meses. Além disso, os números apontam que o setor está se concentrando e a propensão dos clientes a abrir novas contas caiu, o que indica um campo saturado após o crescimento na última década.
Em entrevistas com 1.000 pessoas, o banco detectou que 88% delas utilizavam fintechs e bancos tradicionais no ano passado, contra 85% em 2023. Por outro lado, o porcentual que só utilizava fintechs caiu de 12% para 9% no mesmo período.
A queda aconteceu em quase todas as faixas de renda. Na de pessoas que recebem menos de um salário mínimo por mês, a baixa foi de 32% para 28%. Este foi o segmento em que os bancos digitais mais cresceram ao longo dos últimos anos.
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Além disso, subiu de 35% para 38% a quantidade de brasileiros que não esperam abrir uma conta digital no primeiro semestre deste ano. Por outro lado, 35% deles não abriram uma conta digital em 2024, contra 32% no ano de 2023. O número medo de aplicativos por usuário caiu de 3,9 para 3,7 no mesmo período.
O BofA perguntou ainda quais os aplicativos de fintechs que os clientes possuíam, em uma questão de múltipla escolha. 71% deles mencionaram o do Nubank, enquanto 53% selecionaram o do PayPal, 44% o do PicPay e 42%, o do Mercado Pago.
Outra pergunta foi sobre o uso dos produtos oferecidos pelas instituições digitais. Em cartões, saiu de 65% para 70% entre 2023 e 2024; em outras linhas de crédito, foi de 55% para 58%; e em shopping virtual (marketplace), o uso subiu de 73% para 75%.
Uma diferença relevante entre bancos digitais e tradicionais foi em limites de cartão. 55% dos clientes dos digitais afirmaram que o limite do cartão de crédito subiu no ano passado, contra 39% nos bancos tradicionais. 66% dos brasileiros responderam usar mais de um cartão.
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O BofA também questionou os usuários sobre apostas em bets. Ao todo, 74% já fizeram apostas, sendo que parte deles parou de jogar, mas 46% seguem apostando. Entre os apostadores, 30% tinham dívidas em cartões de crédito, contra 21% daqueles que não fazem apostas.