O Citi cortou de R$ 30 para R$ 27 o preço-alvo das ações do Banco do Brasil (BBAS3), o que representa um potencial de alta de 5,2% em relação ao fechamento desta sexta-feira (16). A atualização vem após a divulgação do balanço do banco no primeiro trimestre, considerado “preocupante” pelos analistas. A recomendação foi mantida em neutra.
“O que talvez seja o ponto de maior preocupação é a incerteza implícita a respeito de variáveis importantes, uma vez que a direção do banco decidiu revisar o guidance para o status ‘sob revisão’ em margem financeira, custo de risco e lucro líquido”, afirma a equipe liderada pelo analista Gustavo Schroden.
A partir dos resultados divulgados na quinta-feira (15), dos guidances e dos comentários da direção do BB durante a teleconferência, o Citi cortou em 22% a estimativa para o lucro do banco neste ano, para R$ 30 bilhões, e em 14% a previsão para 2026, para R$ 35,9 bilhões. Com isso, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) seria de 15,6% e de 16,6% nos dois períodos.
Além disso, os analistas esperam que o BB reduza de 40% para 35% o montante do lucro distribuído aos acionistas, para manter índices de capital principal entre 11% e 11,5%.
O novo preço-alvo implica em 5,1 vezes o lucro esperado para este ano, ou 0,8 vez o valor patrimonial por ação, enquanto o preço atual gera múltiplo de 4,9 vezes o lucro e 0,8 vez o patrimônio.