O Banco do Brasil (BBAS3) é o líder na concessão do novo crédito consignado privado e, entre os grandes bancos privados, apenas o Itaú Unibanco (ITUB4) aparece entre os maiores, afirma o Citi. A casa afirma que a maior parte das instituições deve conseguir oferecer o produto de forma rentável, mas que a linha não está imune a riscos vistos em outros produtos.
Entre os bancos cobertos pelo Citi, o BB originou R$ 2,9 bilhões, enquanto o Pan (BPAN4) concedeu R$ 766 milhões; o Inter (INBR32), R$ 307 milhões; o Itaú, R$ 294 milhões; e o Nubank (ROXO34), R$ 4 milhões. A lista não inclui a Caixa Econômica Federal, que tem capital fechado, e que concedeu cerca de R$ 1 bilhão de acordo com as informações mais recentes.
“Embora pelo lado do custo a maior parte dos bancos provavelmente conseguirá oferecer o produto de forma eficiente, notamos que o consignado privado sustenta uma piora na qualidade dos ativos desde 2023, o que sugere que o produto não está livre de riscos e que deve ser precificado de acordo”, afirma a equipe liderada pelo analista Gustavo Schroden.
Em março, a inadimplência do consignado privado estava em 9,1%, e a taxa de juros era de 43% ao ano. Os dois números subiram desde 2023, e se referem majoritariamente a dados do antigo consignado para trabalhadores do setor privado, que deixou de ser ofertado com o lançamento da nova linha.