O Banco do Brasil (BBAS3) elevou a recomendação de compra das ações da Neoenergia (NEOE3), após a divulgação na última quarta-feira (25) dos resultados do terceiro trimestre de 2023. Isso porque a desvalorização de cerca de 14% do papel da companhia desde 27 de julho, quando o banco colocou a recomendação neutra, abre potencial de valorização até o preço-alvo estimado, que é de R$ 24,10. Ontem a ação fechou em R$ 17,74.
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A instituição destaca que os números do terceiro trimestre foram neutros. Eles indicam uma leve queda na receita e uma alta no custo com pessoal e com serviço de terceiros. Por outro lado, a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) retornou ao patamar normal após o susto do segundo trimestre de 2023, que sofreu impacto da falência de clientes comerciais expressivos.
Neste trimestre, a Neoenergia contou com dois ajustes contábeis relevantes. Um deles, referente à reavaliação da UHE Dardanelos, foi positivo em R$ 1,5 bilhão e favoreceu o lucro líquido destinado aos acionistas (ex-minoritários). A reavaliação foi consolidada neste trimestre após conclusão da permuta de ativos com a Eletrobras (ELET6).
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Outro ajuste ficou negativo em R$ 1,1 bilhão e diz respeito ao sobrecusto de capex (capital expenditure, em inglês, designa o montante de dinheiro despendido na aquisição de bens de capital de uma determinada empresa) dos lotes conquistados no leilão de transmissão de 2018 em função de atraso no licenciamento ambiental pela pandemia. Isso impactou a receita de transmissão e anulou o crescimento de volumes e tarifas das distribuidoras.