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BB Seguridade: lucro líquido é de R$ 1,406 bi no 2º trimestre de 2022

Números representam alta de 86,6% em um ano

BB Seguridade: lucro líquido é de R$ 1,406 bi no 2º trimestre de 2022
Especialistas apontam que há um horizonte de recuperação com a alta dos juros. (Foto: Brenda Rocha - Blossom/Shutterstock)

(Matheus Piovesana, Estadão Conteúdo) – A BB Seguridade, holding de seguros, previdência e capitalização do Banco do Brasil, fechou o segundo trimestre de 2022 com lucro líquido de R$ 1,406 bilhão, um aumento de 86,6% em relação ao mesmo período de 2021, em que os resultados foram impactados pela segunda onda da pandemia da covid-19. Em relação ao trimestre anterior, houve alta de 19,2%.

De acordo com a empresa, o resultado foi impulsionado pelo crescimento das vendas, do resultado financeiro e pela redução dos índices de sinistralidade. O lucro do segundo trimestre representa um novo recorde para a holding, segundo dados divulgados nesta segunda-feira.

O maior empurrão para o crescimento veio da Brasilseg, a empresa de seguros do conglomerado, com contribuição positiva de R$ 368,4 milhões diante da queda dos pedidos de indenização, com melhora nos seguros de vida, prestamista e rural. O aumento da taxa Selic média, por sua vez, incrementou o resultado financeiro.

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A Brasilprev, por sua vez, teve impacto positivo de R$ 133,7 milhões, diante das maiores receitas com taxas de gestão dos planos de previdência e pela redução do saldo negativo do resultado financeiro, impactado, em 2021, pelo descasamento entre o IPCA e o IGP-M.

No segundo trimestre deste ano, o resultado financeiro consolidado da BB Seguridade foi de R$ 166 milhões, revertendo a despesa financeira de R$ 102 milhões registrada um ano antes. “O desempenho é atribuído em grande parte ao aumento da taxa Selic, que impactou positivamente o resultado financeiro de todas as empresas do grupo, e à melhora do resultado financeiro da Brasilprev”, afirma o grupo.

Por outro lado, houve queda de 28% em relação ao primeiro trimestre deste ano, diante da abertura da curva futura de juros. Este efeito levou a uma marcação a mercado negativa de R$ 144,2 milhões em parte da carteira da holding, com impacto principalmente para a Brasilprev.

A Selic média no segundo trimestre ficou em 12,32%, ante 3,24% um ano antes, segundo a BB Seguridade. Ao mesmo tempo, 61,1% da carteira de investimentos da holding estava atrelada a índices de inflação, ante 53% no segundo trimestre do ano passado. A porção com juros pré-fixados caiu de 27,9% para 16,1% no mesmo período.

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