O banco central britânico se tornou nesta quinta-feira (16) o primeiro grande BC do mundo a elevar os custos dos empréstimos desde o início da pandemia de coronavírus, no ano passado, que afetou a economia global, dizendo que a inflação deve chegar a 6% em abril, três vezes sua meta.
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A maioria dos economistas consultados pela Reuters esperava que o Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) mantivesse o juro em 0,1%, devido a um novo aumento nos casos de coronavírus.
A libra esterlina saltou em relação ao dólar norte-americano e atingiu seu maior patamar desde 30 de novembro, enquanto os rendimentos dos gilts de dois anos, sensíveis à taxa de juros, subiam mais de 7 pontos-base no dia, para 0,56%, maior nível desde 1º de dezembro.
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“O Comitê continua a julgar que há riscos bilaterais em torno das perspectivas de inflação no médio prazo, mas que algum aperto modesto da política monetária ao longo do período de projeção provavelmente será necessário para cumprir a meta de inflação de 2% de forma sustentável”, disse o BoE.
O comitê de nove membros votou por oito a um pela alta da taxa básica de 0,1% para 0,25%, com Silvana Tenreyro, integrante externa, como a única dissidente do movimento.
O banco central britânico cortou suas projeções de crescimento para dezembro e para o primeiro trimestre de 2022 devido à disseminação da Ômicron.