O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, disse nesta segunda-feira que a principal prioridade é apoiar a economia, enfatizando o compromisso inabalável de manter um estímulo monetário “poderoso”.
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Ao contrário de seus pares dos Estados Unidos e da Europa, o Banco do Japão não enfrenta dilema entre a necessidade de domar a inflação e apoiar a economia, já que a alta dos preços no país continua modesta e impulsionada por fatores temporários, como o aumento dos custos das matérias-primas, disse Kuroda.
“O Japão absolutamente não está numa situação que justifique o aperto monetário, pois a economia ainda está se recuperando do impacto da pandemia”, disse Kuroda em um discurso.
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À medida que a invasão da Ucrânia pela Rússia aumenta os custos das matérias-primas, as famílias japonesas estão aceitando melhor os preços mais altos, disse Kuroda, descrevendo isso como uma “mudança importante” da perspectiva da meta de inflação do banco central.
Mas a inflação ao consumidor do Japão deve atingir 2% em média, e não de uma forma apenas temporária e impulsionada pelo lado dos custos, disse Kuroda.
“Para que a inflação acelere de forma estável para 2%, o crescimento dos salários e dos preços deve subir mutuamente em um ciclo positivo”, disse ele.
“O Banco do Japão será inabalável em sua postura de manter um poderoso afrouxamento monetário, de modo que mudanças recentes, como um aumento nas expectativas de inflação… levem a um crescimento sustentável dos preços“, disse ele.
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