O banco central da Turquia manteve nesta quinta-feira a taxa de juros em 14% pelo quinto mês seguido como esperado, mesmo com a expectativa de que a inflação ultrapasse 70% diante de novas perdas da lira.
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O banco defendeu sua decisão dizendo que espera que um processo de desinflação comece, citando efeitos de base e o esperado fim do conflito entre Rússia e Ucrânia, entre outros fatores.
“O Comitê espera que o processo de desinflação comece diante de medidas reforçadas para estabilidade sustentável dos preços e financeira”, disse o banco em seu comunicado após a reunião de política monetária.
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Em abril, a inflação anual da Turquia saltou para uma máxima em duas décadas de 69,97%, alimentada pela desvalorização da lira no ano passado devido a uma série de cortes de juros não ortodoxos e pelo aumento dos preços das commodities após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
“O aumento da inflação é impulsionado pelos custos crescentes de energia resultantes de desdobramentos geopolíticos e efeitos temporários de formações de preços que não são apoiados por fundamentos econômicos”, disse o banco.
O banco central havia reduzido os juros em 500 pontos-base no final do ano passado em meio ao aumento da inflação, movimento não ortodoxo defendido há tempos pelo presidente, Tayyip Erdogan.