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BCE: dados não indicam recessão na zona do euro; inflação deve cair

A instituição utilizará todos os instrumentos necessários para evitar uma fragmentação da política monetária

BCE: dados não indicam recessão na zona do euro; inflação deve cair
Imagem: Reuters/Kai Pfaffenbach/File Photo

Integrante do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), Frank Elderson argumentou, nesta sexta-feira, que os dados mais recentes não sugerem que a economia da zona do euro esteja entrando em recessão. Durante sessão de perguntas e respostas no Twitter, Elderson acrescentou que espera uma queda na inflação em breve. “Tudo depende de como a guerra na Ucrânia evoluirá e dos impactos das sanções”, disse.

Elderson ressaltou que o BCE já começou o processo de normalização monetária, com o fim do Programa de Compra de Emergência de Pandemia (PEPP, na sigla em inglês) em março e o início da redução das aquisições de títulos. “Encerrar as compras líquidas de ativos nos permitirá considerar um aumento de juros no verão (europeu)”, destacou.

O membro do BCE pontuou que os ajustes nas taxas de juros serão “completamente dependentes dos dados” econômicos e que a autoridade monetária discutirá o tema na reunião de junho. Ele, no entanto, não antecipou sua posição sobre quando a elevação deverá começar. Mais cedo, o também dirigente do BCE Olli Rehn advogou por uma alta nas taxas em julho.

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Elderson assegurou que o BC trabalhará para que a inflação não se incorpore à economia e provoque efeitos secundários. Segundo ele, a instituição utilizará todos os instrumentos necessários para evitar uma fragmentação da política monetária, incluindo possível flexibilidade de reinvestimento do PEPP.

Para o dirigente, não há risco de “japonização” da zona do euro, isto é, crescimento fraco e inflação baixa estruturais. “Nossos bancos estão em melhor forma e não há bolha imobiliária comparável”, explicou.

Elderson defendeu ainda a necessidade de uma abordagem coordenada para a regulação de criptoativos, uma vez que esses instrumentos representam um “fenômeno global”. “A regulamentação precisa equilibrar riscos e benefícios e abordar questões como atividades ilícitas transfronteiriças e a pegada ambiental de criptoativos”, opinou

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