O bitcoin é a maior criptomoeda em valor de mercado (Foto: Adobe Stock)
O bitcoin oscilou entre ganhos e perdas nesta quinta-feira (15), reagindo à leitura de que os impactos das tarifas americanas foram limitados e que os dados de abril dos Estados Unidos sugerem uma economia em desaceleração. Esse cenário afasta pressões inflacionárias mais fortes e reforça apostas em um possível corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) ainda neste ano, segundo análise do ING.
Por volta das 16h05 (horário de Brasília), o bitcoin recuava 0,43%, cotado a US$ 102.969,46, enquanto o Ethereum caía 2,66%, a US$ 2.530,55, de acordo com dados da Binance.
Segundo Christopher Lewis, analista da FXEmpire, o bitcoin opera em modo de consolidação. “A cripto parece ter ficado um pouco esticada tecnicamente, e agora entra numa fase de respiro”, comentou.
No radar macroeconômico, o índice de preços ao produtor (PPI) dos EUA caiu em abril, contrariando expectativas. Já o núcleo do indicador acelerou para 3,1% na comparação anual. As vendas no varejo subiram 0,1%, os pedidos semanais de auxílio-desemprego ficaram estáveis, e o índice Empire State recuou para -9,2 em maio.
Para a Capital Economics, os dados mostram pouco impacto da política tarifária até agora. Com isso, parte do mercado passou a precificar um corte de juros pelo Fed em setembro.
Apesar das oscilações recentes, as perspectivas para o bitcoin seguem positivas. Segundo Dom Harz, cofundador da blockchain híbrida BOB, o ativo já superou a prata e o Google em valor de mercado, tornando-se o sexto mais valioso do mundo. “Com isso, vêm as oportunidades”, afirmou.