O bitcoin voltou a cair nesta quinta-feira (9), novamente sem catalisadores suficientes para impulsionar o ativo à uma retomada nos preços como a observada após as nomeações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de entusiastas do setor cripto para seu governo. Neste cenário, analistas avaliam que investidores estão voltando suas atenções para fundamentos mais tradicionais do mercado, como indicadores da economia americana e a postura do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
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Segundo a Binance, o bitcoin recuava 2,04%, a US$ 91.945,99, por volta das 17h15 (de Brasília). Já o ethereum caia 2,70%, a US$ 3.182,46.
O bitcoin depende de notícias nas searas macroeconômica e política nos Estados Unidos para voltar ao movimento crescente do final do ano passado, avalia a casa de análises especializada em criptoativos Mercurius Crypto. O mercado de criptomoedas no geral começou o ano sem uma tendência clara, com o principal dos ativos, o bitcoin, oscilando entre US$ 90 mil e o recorde histórico de US$ 108 mil. “Essa faixa de preço reflete um momento de indefinição e exige novidades relevantes para sair dessa zona”, avalia a Mercurius em relatório.
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Em dezembro, o Fed, indicou que os cortes de juros previstos para 2025 serão menos agressivos do que o esperado. Os primeiros indicadores americanos de emprego e inflação mostraram uma economia resiliente, o que é negativo para os mercados de risco, aponta o texto. À frente, os resultados do payroll, relatório sobre o mercado de trabalho que será divulgado na sexta-feira, 10, e do índice de preços ao consumidor (CPI), na semana que vem, são cruciais para determinar o humor do mercado no curto prazo. Do ponto de vista político, a posse de Donald Trump nos EUA dia 20 de janeiro concentra expectativas. “Se a nova administração demonstrar logo no início um posicionamento favorável a cripto, é provável que vejamos um otimismo renovado. Caso contrário, o sentimento pode esfriar”.
Após a dissipação dos efeitos excepcionais dos dois meses anteriores, espera-se que economia dos Estados Unidos tenha criado 150 mil empregos em dezembro, de acordo com a mediana de 26 analistas consultados pelo Projeções Broadcast. Caso se confirme, o número representará uma desaceleração, depois da criação de 227 mil postos no mercado de trabalho no mês anterior, quando o levantamento sofreu ajuste após o baque com dois furacões e greves que drenou os números de outubro.