

O bitcoin operava em alta no fim da tarde desta sexta-feira (11). A combinação de fatores macroeconômicos, como a queda inesperada da inflação nos Estados Unidos e a suspensão temporária de algumas das tarifas globais, sustentou o apetite por risco e favoreceu o avanço das criptomoedas, segundo analistas.
Por volta das 16h13 (horário de Brasília), o bitcoin subia 5,47%, cotado a US$ 83.587,57. O Ethereum registrava valorização de 3,58%, a US$ 1.517,54, segundo dados da Binance.
De acordo com Beto Fernandes, analista da Foxbit, o bitcoin tem demonstrado resiliência mesmo após o anúncio da China de que vai elevar tarifas sobre importações dos EUA. A queda do índice de preços ao produtor (PPI) contribuiu para o bom humor, ao indicar que a perspectiva de recessão provocada por retração no consumo pode não se confirmar neste momento. “Os dados são referentes a março, período em que o tarifaço de Trump ainda não havia sido implementado. Em abril, teremos uma leitura mais confiável”, avaliou.
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As criptos chegaram a registrar ganhos expressivos no meio da semana, após Donald Trump anunciar uma pausa de 90 dias nas principais tarifas recíprocas. Parte desses ganhos foi devolvida com o aumento das tensões comerciais entre Washington e Pequim.
“O valor total do mercado de criptomoedas estabilizou-se próximo a um nível-chave desde o início da semana e subiu de forma constante com o noticiário tarifário, acompanhando a alta das bolsas”, observou Alex Kuptsikevich, analista da FxPro.
Ele destaca que o recente rali levou o bitcoin acima de US$ 80 mil, o que pode ser considerado uma zona de conforto. “No entanto, a moeda está próxima da resistência superior dentro da tendência de baixa, e o verdadeiro teste do movimento dos últimos dois meses ainda está por vir”, alertou Kuptsikevich.
*Com informações da Dow Jones Newswires
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