O bitcoin é a maior criptomoeda em valor de mercado (Foto: Adobe Stock)
O bitcoin e outras criptomoedas importantes registraram quedas nesta sexta-feira (21), ainda pressionados pela onda de vendas no setor, enquanto os investidores monitoram os próximos passos da política monetária do Federal Reserve (Fed), Banco Central dos EUA, e as perspectivas para o setor de tecnologia.
Por volta das 18h (em Brasília), o bitcoin tinha queda de 2,16%, a US$ 84.457,28, com queda na semana de cerca de 12% e depois de bater no menor nível desde abril. O ethereum recuava 3,05%, a US$ 2.735,40, com baixa semanal de mais de 14%, de acordo com a plataforma Coinbase.
“Do ponto de vista da demanda, parece haver uma sensação inicial, porém crescente, de preocupação que pode evoluir para pânico total se a pressão de venda continuar a se intensificar ainda mais, já que preços mais baixos provocariam mais vendas em uma espécie de ciclo vicioso”, dizem os analistas da empresa de pesquisa financeira Sevens Report.
Integrante do Conselho de Supervisão do Banco Central Europeu (BCE), Pedro Machado alertou hoje para riscos vindos de stablecoins referenciadas ao dólar, cuja adoção pode acelerar após mudanças regulatórias nos EUA.
No início da tarde, o mercado de cripto reduziu parte das perdas, acompanhando a recuperação das bolsas em Nova York, embora o bitcoin permaneça distante da faixa de US$ 90 mil atingida recentemente.
Especialistas alertam que a próxima semana pode trazer volatilidade elevada, com volumes menores a partir de quinta-feira, devido ao feriado de Ação de Graças nos EUA. “A liquidez provavelmente diminuirá nos mercados esta semana e durante o período de festas de fim de ano”, diz Adam Morgan McCarthy, chefe de pesquisa da Kaiko. “Isso pode exacerbar os movimentos se os investidores continuarem a liquidar posições e a liquidez diminuir ainda mais”, completa.
No setor corporativo, a Strategy, maior compradora institucional de bitcoin viu suas ações novamente em queda (-2,17%) após relatório de ontem do JPMorgan apontar risco de que a MSCI retire a empresa de índices como MSCI USA, MSCI World e Nasdaq 100. Segundo o banco, uma eventual exclusão poderia gerar saídas de até US$ 2,8 bilhões, chegando a US$ 8,8 bilhões se outros provedores seguirem o movimento.