- O BC inglês elevou sua previsão para a inflação britânica este ano, de 5,75% para 10,25%, e também para 2023, de 3,5% para 2,5%, mas reduziu para 2024, de 1,75% para 1,5%.
O Banco da Inglaterra (BoE) decidiu elevar sua taxa básica de juros em 25 pontos-base, a 1%, em meio a crescentes pressões inflacionárias, após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira. A decisão, que veio em linha com a previsão de analistas, marcou a quarta vez seguida em que o BC inglês aumenta juros. Projeções do BoE, por sua vez, indicam agora que a economia do Reino Unido irá se contrair em 2023.
Leia também
Segundo comunicado do BoE, seis de seus nove dirigentes de política monetária votaram pelo aumento do juro básico a 1%. Os três dissidentes defenderam um aumento mais agressivo da taxa, a 1,25%.
Em meio aos impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia, em especial nos preços de energia, o BoE prevê que a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido saltará de 7% em março para um pouco mais de 9% no segundo trimestre e ficar numa média um pouco superior a 10% no quarto trimestre, quando deverá atingir o pico.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O BoE, no entanto, acredita que o CPI anual irá desacelerar para sua meta oficial de 2% em dois anos e diminuirá mais para 1,3% em três anos, se os juros subirem em linha com as expectativas de mercado.
O BC inglês elevou sua previsão para a inflação britânica este ano, de 5,75% para 10,25%, e também para 2023, de 3,5% para 2,5%, mas reduziu para 2024, de 1,75% para 1,5%.
O BoE também se mostrou pessimista em relação à perspectiva de crescimento. Embora continue esperando que o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresça 3,75% em 2022, a instituição agora projeta uma contração de 0,25% para o próximo ano. Antes, o BoE previa alta de 1,25% do PIB britânico em 2023. Para 2024, a previsão de avanço do PIB também foi ajustada para baixo, de 1% para 0,25%.
No comunicado, o BoE disse também que a maioria de seus dirigentes avalia que mais aumentos de juros poderão ser apropriados nos próximos meses.
Publicidade