A decisão da Petrobras (PETR3;PETR4) em distribuir 50% dos dividendos extraordinários, conforme aprovado ontem em Assembleia Geral Ordinária, ajuda a dissipar as preocupações sobre uma agenda da estatal mais centrada no crescimento, com maiores investimentos em fusões e aquisições, em detrimento de dividendos maiores. A avaliação é do Bank of America (BofA) que destaca ainda a possibilidade de os outros 50% serem liberados durante o segundo semestre.
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Com isso, as ações da companhia, segundo o banco, deverão ser em grande parte impulsionadas pelas perspectivas de retorno total em dinheiro, especialmente tendo em conta os elevados rendimentos oferecidos pelos pares globais.
Segundo os analistas Caio Ribeiro e Leonardo Marcondes, com o pagamento anunciado ontem, o dividend yield da Petrobras previsto para 2024 deve ser de 16%, considerando o barril do petróleo a US$ 86. Esse porcentual é superior à média dos pares, que está em torno de 8,7%.
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O BofA também classificou como positiva a eleição de Rafael Dubeux, secretário do Ministério da Fazenda, para o conselho de administração, na chapa eleita pela União, dada a importância dos dividendos da Petrobras para o orçamento fiscal do governo. Dubeux foi eleito pela primeira vez para o colegiado. Os demais integrantes da chapa do governo foram reeleitos: o presidente da estatal, Jean Paul Prates, Bruno Moretti, Vitor Saback, Renato Gallupo e Pietro Mendes.