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Itaú BBA indica títulos privados para bater a inflação e os juros do CDI

Time de analistas selecionou 15 títulos privados que oferecem taxas reais de 6,1% a 7,4%

Itaú BBA indica títulos privados para bater a inflação e os juros do CDI
Debêntures incentivadas conseguem prêmios em relação ao Tesouro IPCA +(Fonte: Shutterstock/Vitalii Vodolazskyi/Reprodução)
  • Todos os títulos selecionados têm incentivo de isenção de Imposto de Renda
  • O Itaú BBA também escolheu quatro Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio (CRIs e CRAs) que batem o CDI
  • Os títulos indicados em abril possuem ratings entre AA+ e AAA, "refletindo emissores de alta qualidade"

O time de analistas do Itaú BBA selecionou os 15 melhores títulos privados de abril. São debêntures e recebíveis securitizados que oferecem taxas reais (ganhos acima da inflação) de 6,1% a 7,4%. Além desses, eles mostram quatro outros papéis que batem o CDI. Os vencimentos desses investimentos variam  entre 3 e 13 anos.

Todos os títulos selecionados têm incentivo de isenção de Imposto de Renda. Por isso, conseguem prêmios acima de 1,48 pontos percentuais em relação às NTN-Bs. As Notas do Tesouro Nacional Série B, conhecidas como Tesouro IPCA +, são os títulos públicos equivalentes aos papéis privados selecionados, pois têm a inflação como referência.

Os papéis públicos pagam menos justamente porque o risco de crédito do Tesouro Nacional é menor em relação às empresas que lançam seus títulos de dívida.

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A seleção do Itaú separou sete papéis para o investidor em geral e oito para o investidor qualificado, aquele com patrimônio financeiro ou renda acima de determinados limites, ou que possui conhecimento técnico no mercado financeiro.

Na seleção para os investidores comuns, se destacam as debêntures emitidas pela Águas do Rio 1 e pela CSN Mineração (CMIN3), que têm taxas de negociação de IPCA + 7,1%. Os dois classificados como AAA pela agência de risco S&P.

A Águas do Rio 1 é uma Sociedade de Propóstio Específico (SPE), controlada pela Aegea, que opera concessões de abastecimento de água e esgotamento sanitário em municípios do Rio de Janeiro. O principal desafio da operação é reverter os altos índices de perdas. A empresa vem reduzindo sua alavancagem e melhorando os resultados operacionais. O setor de saneamento, lembram os especialistas do Itaú, possui baixo risco.

No caso da CSN Mineração, que atua na produção e venda de minério de ferro, seu título serve para bancar a expansão da companhia. O time do Itaú considera que a empresa deverá apresentar um fluxo de caixa pressionado até 2028, mas, por outro lado, a alavancagem "permanecerá num nível confortável de endividamento".

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Para os investidores qualificados, a maior rentabilidade é a debênture da BRF S.A (BRFS3) que paga IPCA + 7,4% e tem uma nota de risco AA pela S&P. A BRF é a terceira maior produtora de aves do mundo. Na análise, o Itaú enxerga aumento de eficiência operacional, redução na alavancagem e lembra dos investimentos do acionista controlador (Marfrig) no negócio.

Batendo o CDI

O Itaú BBA também selecionou quatro Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio (CRIs e CRAs) que batem o CDI, classificados como Top Picks de abril. São papeis que variam de CDI + 0,6% a 1,8% (sem a incidência de impostos), "que seriam equivalentes a CDI+ 2,6% a CDI + 3,9% em títulos tributados de prazos equivalentes".

Para o investidor em geral, o que paga mais é o CRI da Raia Drogasil (RADL3) com CDI + 0,8% e tem uma nota AAA pela Fitch. A companhia líder no varejo famacêutico "possui métricas de crédito historicamente robustas" e "de baixa alavancagem, apesar dos fortes investimentos relacionados ao crescimento".

Na seleção para os investidores qualificados, o destaque vai para a CRA da BRF, negociando CDI + 1,8%.

Investir na inflação ou nos juros?

Os especialistas do Itaú lembram que títulos privados em CDI fazem sentido para quem quer ter parte do portfólio em títulos pós-fixados, com menos exposição à marcação a mercado (menor volatilidade de curto prazo), mas mantendo uma rentabilidade acima dos títulos públicos. O universo de papéis incentivados atrelados ao CDI é menor do que o IPCA, lembram.

No caso dos títulos privados atrelados à inflação, o Itaú BBB explica que são alternativas interessantes para quem deseja investir com ganho real (acima da inflação), mas sabendo que o título sofrerá com a marcação até o vencimento (maior volatilidade de curto prazo).

Critérios utilizados

Os Top Picks de incentivadas do Itaú BBA são títulos isentos de imposto de renda, escolhidos a partir de uma variedade de opções oferecidas pelas principais corretoras. Visam taxas atrativas para montagem de posições de longo prazo, com devedoras de alto perfil de crédito e relação de risco-retorno favorável.

O Itaú considera o rating médio das devedoras, sua situação atual e expectativas de evolução das métricas de crédito. Os títulos selecionados em abril possuem ratings entre AA+ e AAA, "refletindo emissores de alta qualidade".

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Critérios adicionais incluem reporte trimestral de resultados, preferência por garantias de holding de baixo risco ou histórico de operação relevante, e saldo em circulação acima de R$ 150 milhões.

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