O Bank of America (BofA) considera que o retorno de caixa da Petrobras (PETR4;PETR3) é um importante pilar da tese de investimento da empresa, dado o alto nível de rendimentos oferecidos pelos pares no mercado internacional.
Leia também
Nesse sentido, o banco projeta dividendos “extraordinários” para a estatal, considerando que a companhia “não possui reserva legal e, portanto, não pode reter excesso de caixa” e que o governo brasileiro deve apoiar boas distribuições “em função da meta de zerar o déficit fiscal em 2024”.
O BofA estima retornos de aproximadamente US$15,8 bilhões para a segunda metade de 2023, com retorno de 17%. Assumindo que o preço do barril do petróleo esteja em US$ 90 em 2024, a projeção é que, para o ano que vem, a estatal pague aproximadamente US$ 19,5 bilhões, um rendimento de 21%. Enquanto isso, a maioria dos pares internacionais deve gerar retornos de 9% em 2024, apontam os analistas em relatório.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
De todo modo, o banco considera que a política de preços da Petrobras é essencial para a potencial geração de caixa da empresa. “Com a recente alta nos preços do óleo, a política de preços da companhia passou pelo seu primeiro teste de estresse”, aponta, ressaltando que o rali de cerca de 20% nos preços do petróleo permitiram que a Petrobras aumentasse o diesel e a gasolina em 25,8% e 16,3%, respectivamente, na metade de agosto.
“Pelos nossos cálculos, com preços de US$ 90 o barril de petróleo, cada desconto de 10% em relação à paridade internacional afeta a geração de caixa da Petrobras em cerca de US$ 6 bilhões. A partir de hoje, vemos os preços do diesel e da gasolina com desconto de 13% e 4% versus a paridade internacional”, escrevem os analistas.