O Bank of America (BofA) reitera recomendação de compra para as ações da Ambev (ABEV3), mencionando que os riscos para os ganhos da empresa já são conhecidos e precificados.
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Para o banco, a empresa registrou um desempenho 27% inferior ao do Ibovespa em 2023, principalmente devido aos riscos de lucros decorrentes da Reforma Tributária no Brasil. “O ano de 2023 foi um ponto de inflexão para o negócio de cerveja da Ambev no Brasil”, disse a analista Isabella Simonato, em relatório divulgado nesta segunda-feira, 22.
Agora que a decisão em relação ao juros sobre o capital próprio (JCP) foi tomada e precificada, o BofA acredita que os fundamentos “sólidos” da companhia serão novamente o motor das ações.
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Com isso, o banco destaca três pontos que devem tracionar a empresa: os preços mais altos e rígidos da cerveja; a deflação do custo do produto vendido (CPV) e menor despesas com Vendas, Gerais e Administrativas (SG&A) acelerando a expansão da margem; e o valuation (valor do ativo, cálculo em que é possível estimar o preço mais provável do ativo ou empresa em dado momento) com desconto.
Para este ano, o BofA estima que a margem do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) deve recuperar 480 pontos-base na comparação anual, após cinco anos de contração. Já em relação ao Ebitda consolidado, o banco projeta que haverá crescimento de 13% em 2024 (20% excluindo América Latina Sul).
“Esperamos que a transformação comercial da empresa continue a apoiar muito as margens em 2024, reforçada pelos preços rígidos da cerveja, custos mais baixos e sinergias em SG&A”, afirmou a analista.
O preço-alvo para as ações da Ambev é de R$ 16, o equivalente a um potencial de valorização de 19,7% em relação ao fechamento da última segunda-feira (22).
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