O Bank of America (BofA) listou seis sinergias em potencial caso seja bem-sucedida a proposta de fusão entre Enauta (ENAT3) e 3R Petroleum (RRRP3). Além disso, o banco reiterou a recomendação de compra para as duas empresas, destacando que a união entre as duas junior oils poderia criar uma nova petroleira com produção de mais de 120 mil barris de óleo equivalente por dia a médio prazo em conjunto com uma reserva de 700 milhões de barris.
Leia também
As sinergias vistas pelo Bank of America com a fusão entre as duas empresas são: um balanço patrimonial mais robusto, dada a posição líquida de caixa da Enauta; melhor acesso ao capital; melhor alocação da dívida da 3R (visto que grande parte da dívida está em subsidiárias beneficiadas fiscalmente pela Sudene); melhores condições para comercialização da produção de petróleo e gás; ganhos de escala de custo no campo Papa-Terra, dada a proximidade dos ativos entre 3R e Enauta e a maior liquidez.
“Também reduziria o risco de um aumento de capital adicional para a 3R, que é a maior preocupação do mercado para seu caso de investimento. Do ponto de vista operacional, as sinergias são difíceis de calcular neste momento”, afirmaram os analistas Leonardo Marcondes e Caio Ribeiro, responsáveis pelo relatório.
Momentos diferentes
Embora o BofA tenha reiterado a recomendação de compra para as duas empresas, além de listar pontos positivos para a potencial fusão, ele também complementa a análise avaliando que as duas empresas vivem momentos diferentes do ponto de vista dos investidores.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
A Enauta vem ganhando a confiança do mercado com o início do sistema de desenvolvimento completo (FDS) no campo de Atlanta, além de ter anunciado recentes aquisições de Uruguá-Tambaú e de participação no Parque das Conchas, áreas situadas na Bacia de Campos. “Estes explicam o desempenho impressionante das ações, com alta 155% nos últimos doze meses”, afirmou o BofA.
A 3R Petroleum, por sua vez, continua enfrentando o ceticismo do mercado em relação à confiabilidade das reservas, bem como à capacidade da empresa em aumentar a produção de seus ativos em meio a um ambiente inflacionado de despesas de capital e alta alavancagem.