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O boletim Focus do Banco Central (BC) trouxe, nesta segunda-feira (10), novas apostas para os principais indicadores da economia, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e a taxa Selic, às vésperas da divulgação da inflação de janeiro.
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 subiu pela 17ª semana consecutiva, de 5,51% para 5,58% – 1,08 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, era de 5,00%. Considerando apenas as 61 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa passou de 5,58% para 5,51%.
A partir deste ano, a meta começa a ser apurada de forma contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.
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Na última ata, o Comitê de Política Monetária (Copom) assumiu que o cenário para a inflação de curto prazo está adverso, com destaque para a alta dos preços de alimentos, influenciados pela estiagem e o ciclo do boi e com tendência de propagação. Os bens industrializados, por sua vez, são pressionados pelo movimento do câmbio.
“Em se concretizando as projeções do cenário de referência, a inflação acumulada em doze meses permanecerá acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos seis meses consecutivos”, diz o BC.
Já a mediana do relatório Focus para o IPCA de 2026 subiu pela sétima semana seguida, de 4,28% para 4,30%. Um mês antes, estava em 4,05%. Considerando apenas as 41 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a projeção caiu de 4,28% para 4,23%.
O Copom aumentou a taxa Selic em 1 ponto porcentual, de 12,25% para 13,25%, na reunião de janeiro, e afirmou que a sua decisão é “compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante.” O colegiado voltou a sinalizar que vai elevar os juros em mais 1 ponto, a 14,25%, no encontro de março.
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O horizonte relevante do Banco Central é o terceiro trimestre de 2026, quando o Copom espera uma inflação de 4,0%, considerando o cenário de referência. A projeção para o IPCA de 2025 é de 5,2%. O balanço de riscos do comitê está assimétrico para cima.
A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 3,90%, patamar em que está há cinco semanas. A projeção para o IPCA de 2028 passou de 3,74% para 3,78%, o quinto aumento consecutivo, ante 3,56% um mês antes.
Previsões para Selic
A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu estável pela quinta semana consecutiva, em 15,00%.
Considerando apenas as 71 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2025 passou de 15,13% para 15,25%.
A mediana para os juros no fim de 2026 permaneceu em 12,50%. Um mês antes, era de 12,0%. Levando em conta apenas as 69 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 12,63% para 12,50%.
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A estimativa intermediária para o fim de 2027 passou de 10,38% para 10,50%, ante 10,25% quatro semanas antes. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0% pela sétima semana consecutiva.
Na ata da reunião de janeiro, o Copom afirmou que a elevação dos juros é “compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante.” O colegiado espera inflação de 5,2% em 2025 e de 4,0% no terceiro trimestre de 2026, o horizonte relevante da política monetária.
O BC atualiza semanalmente as projeções do boletim Focus para os principais indicadores da economia.