As construtoras sobem em bloco na Bolsa brasileira nesta terça-feira (17) após alívio do investidor em relação à expectativa do julgamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) no Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, adiou para o dia 8 de novembro a retomada da análise sobre o índice de correção a ser aplicado nas contas do fundo.
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Por volta das 13h25 a MRV (MRVE3) reportava alta de 2,58%, cotada a R$ 9,53, acompanhada de Tenda (TEND3), com alta de 5,24%, R$ 11,64, Plano e Plano (PLPL3) em 4,90%, a R$ 8,57, Direcional (DIRR3), subindo 0,89%, a R$ 18,06 e Cury (CURY3), subindo 0,73%, cotada a R$ 15,21.
Os investidores já têm uma grande expectativa com esse setor, principalmente por conta do Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, com a promessa por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de reforçar o programa habitacional.
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As construtoras viram seus papéis na Bolsa andarem de lado recentemente devido à alta dos juros no Brasil, atualmente em 12,75% ao ano (Selic), que acabou afugentando os brasileiros do financiamento imobiliário. Com o Banco Central (BC) cortando os juros, a tendência é que as famílias voltem a adquirir bens industriais e de consumo.
O julgamento do FGTS no Supremo
Em relação ao FGTS, a remarcação ocorreu após uma reunião de Barroso com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Também participaram do encontro o advogado-geral da União, Jorge Messias, os ministros Jader Filho (Cidades) e Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), e a presidente da Caixa, Rita Serrano.
Os ministros de Lula se mostram preocupados com a natureza fiscal e social a respeito do julgamento sobre a correção do FGTS, informou o STF, e, assim, ficou acertado na reunião que os ministros do governo vão apresentar, até dia 8 de novembro, novos cálculos sobre os impactos do julgamento “em busca de uma solução”.