As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta terça-feira, à medida que investidores voltam a focar a perspectiva de aperto monetário nos EUA. Por outro lado, o Banco do Japão (BoJ) não apenas reafirmou sua política ultra-acomodatícia, como descartou a possibilidade de aumentar juros antes de que a inflação convirja para sua meta oficial de 2%.
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O índice japonês Nikkei caiu 0,27% em Tóquio hoje, a 28.257,25 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 0,43% em Hong Kong, a 24.112,78 pontos, o sul-coreano Kospi cedeu 0,89% em Seul, a 2.864,24 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,79% em Taiwan, a 18.378,64 pontos.
Principal índice chinês, o Xangai Composto foi exceção na Ásia, com alta de 0,80%, a 3.569,91 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto se desvalorizou 0,33%, a 2.464,83 pontos. Com a reabertura dos mercados financeiros nos EUA, que ontem não operaram devido ao feriado de Martin Luther King, a perspectiva de aumento dos juros americanos volta para o radar.
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O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) vem sugerindo que deverá anunciar sua primeira elevação de juros em março, diante da persistência da inflação alta e à medida que o mercado de trabalho segue se recuperando dos impactos da pandemia de covid-19.
O Japão, por sua vez, segue apostando em agressivas medidas de estímulo monetário. No começo da madrugada, o BoJ manteve sua política inalterada e revisou levemente para cima suas projeções de inflação para os próximos anos fiscais. Já o presidente do BC japonês, Haruhiko Kuroda, disse em coletiva de imprensa que a instituição não elevará juros antes que a inflação doméstica atinja sua meta de 2% “de maneira estável”.
Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o viés negativo da Ásia, e o S&P/ASX 200 caiu 0,11% em Sydney, a 7.408,80 pontos.