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Bolsas da Europa: dados dos EUA favorecem busca por risco

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  • As bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta quinta-feira, em dia marcado pela divulgação de dados macroeconômicos robustos nos Estados Unidos. Apesar do apetite por risco em Wall Street, preocupações a respeito do coronavírus pesaram sobre parte das ações no Velho Continente

(Estadão Conteúdo) – As bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta quinta-feira, em dia marcado pela divulgação de dados macroeconômicos robustos nos Estados Unidos. Apesar do apetite por risco em Wall Street, preocupações a respeito do coronavírus pesaram sobre parte das ações no Velho Continente.

O índice Stoxx 600, que reúne os principais papéis da região, encerrou o pregão com ganho de 0,45%, a 438,55 pontos.

O clima nas mesas de operações favoreceu a busca por risco nos mercados internacionais, em meio a indicadores que confirmaram a acelerada recuperação da maior economia do planeta. Entre eles, os pedidos de auxílio-desemprego no país caíram ao menor nível em mais de um ano na semana passada, enquanto as vendas no varejo saltaram 9,8% de fevereiro a março.

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Os números se juntaram a balanços corporativos bem recebidos e criaram um ambiente propício a ganhos em parte dos mercados europeus. Na bolsa de Londres, o índice FTSE 100 avançou 0,63%, a 6.983,50 pontos, com destaque para o subíndice de mineradoras, que saltou 2,40% em meio ao fortalecimento das cotações de cobre.

Em Paris, o CAC 40 ganhou 0,41%, a 6.234,14 pontos, enquanto, em Frankfurt, o DAX se elevou 0,30%, a 15.255,33 pontos.

Por outro lado, o FTSE MIB, de Milão, recuou 0,19%, a 24.528,69 pontos. O governo da Itália cortou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país este ano, de 4,5% para 6%, de acordo com a agência Reuters.

A piora nas previsões econômicas acontece em um momento de incertezas no processo de vacinação contra o coronavírus. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) informou que investiga os casos de trombose supostamente associados à aplicação do imunizante produzido pela Johnson & Johnson (J&J), após autoridades sanitárias americanas recomendarem a suspensão do uso do produto.

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Se o mesmo for feito na Europa, a decisão poderá atrasar a já lenta imunização no bloco europeu, com a fórmula da AstraZeneca apresentando problemas similares. A J&J decidiu reduzir o ritmo de distribuição do profilático no continente. Segundo a Capital Economics, todo o imbróglio pode atrasar a campanha de vacinação da UE em dois meses.

“Estamos mantendo nossa visão de que todos os países da zona do euro vão conseguir imunizar 50% da população adulta até meados de junho, o que pode permitir um relaxamento substancial das medidas de restrições a movimentos no terceiro trimestre”, explica a consultoria.

Nesse contexto, o índice IBEX 35, de Madri, cedeu 0,20%, a 8.571,60 pontos, enquanto o PSI 20, de Lisboa, caiu 0,83%, a 4.987,99 pontos.

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