As bolsas europeias operam em alta na manhã desta sexta-feira, buscando se recuperar de quedas recentes, mas reduziram ganhos após dados mostrarem que a inflação ao consumidor (CPI) na zona do euro não apenas renovou máxima histórica, como superou as expectativas.
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Por volta das 6h40 (de Brasília), o índice acionário pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,85%, a 386,15 pontos.
Como vem ocorrendo por meses seguidos, a taxa anual do CPI da zona do euro atingiu novo recorde de 10% em setembro, ainda em meio ao salto dos preços de energia deflagrado pela guerra da Rússia na Ucrânia. O resultado, que superou as expectativas, levará a outro aperto monetário agressivo pelo Banco Central Europeu (BCE), segundo a Oxford Economics. Desde julho, o BCE já elevou seus juros básicos em 125 pontos-base, na tentativa de combater pressões inflacionárias.
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O desemprego na zona do euro, por sua vez, continua sob controle, mantendo-se em 6,6% em agosto, como se previa.
A inflação recorde da zona do euro ofuscou uma revisão positiva do PIB britânico, que passou a mostrar crescimento no segundo trimestre, em vez da contração originalmente estimada. O indicador vem num momento de crescente preocupação com a economia do Reino Unido, à medida que a primeira-ministra Liz Truss se mostra determinada a implementar polêmicos planos de cortes de impostos e aumentos de gastos, revelados há uma semana. Investidores na Europa seguem atentos também à perspectiva de mais aumentos de juros nos EUA. Dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) participam de eventos ao longo do dia. Além disso, estão previstos indicadores relevantes nos EUA hoje, incluindo números de inflação PCE e de confiança do consumidor.
Às 6h57 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,51%, a de Frankfurt avançava 0,78% e a de Paris se valorizava 0,79%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham ganhos de 1,19%, 1,13% e 0,97%, respectivamente.