Os mercados acionários de Nova York fecharam mistos, em pregão marcado pela volatilidade em meio à crescente aposta de que a quebra de Silicon Valley e Signature Bank levem a uma postura menos rígida do Federal Reserve (Fed). As expectativas de fim do aperto monetário impulsionaram o setor de tecnologia, mas os papéis de bancos ficaram sob forte pressão, sobretudo os regionais.
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O índice Dow Jones fechou em queda de 0,28%, aos 31.819,14 pontos, o S&P 500 cedeu 0,15%, aos 3.855,76 pontos e o Nasdaq subiu 0,45%, aos 11.188,84 pontos.
As bolsas americanas iniciaram o pregão estendendo as perdas da semana passada, mas viraram para o azul no fim da manhã, apoiadas por gigantes como Apple e Microsoft, que fecharam em alta de 1,33% e 2,14%, respectivamente. Já a empresa de biotecnologia Seagen saltou 14,51%, após anúncio de compra por parte da Pfizer.
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Entretanto, os temores por uma crise no setor bancário seguiu ao longo do dia, com o índice Nasdaq interrompendo negociações do Signature Bank, que foi fechado ontem por reguladores americanos, diante do que consideram “risco sistêmico”. Pouco antes de interromper as negociações, o banco operava em queda de 22,87%.
Entre os grandes bancos listados em Nova York, as maiores quedas foram observadas no Citigroup, que teve queda de 7,45%, seguido pelo Wells Fargo, que caiu 7,13%. Bancos regionais listados em Nova York também amargaram as perdas, com temores de que ocorra uma crise similar a de 2008. O Western Alliance despencou 47,06%, ao passo que o First Republic Bank amargou perdas de 61,83%.
Na visão da analista de mercado Tina Teng, da CMC Markets, a crise do SVB ainda não está perto de terminar de afetar os mercados. Primeiro porque o Tesouro americano deverá fornecer mais dinheiro para apoiar depósitos, o que pode levar a uma reviravolta da política monetária do Fed. Em segundo lugar, segundo análise, existem outros pequenos bancos semelhantes ao SVB que podem enfrentar problemas semelhantes em meio às altas dos juros.
“O colapso do SVB reflete que os fundos de risco, principalmente em tecnologia, são geralmente o setor mais vulnerável por trás dos rápidos aumentos das taxas dos bancos centrais, pois fica difícil para eles gerenciar os riscos das taxas de juros”, destaca a analista, indicando que pequenos bancos podem não possuir o gerenciamento de risco necessário para se prepararem para mudanças macroeconômicas.
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