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Bolsas de NY fecham em queda, pressionadas por inflação dos EUA

Bolsas de NY fecham em queda, pressionadas por inflação dos EUA
Wall Street é o principal centro financeiro global e local de sede da NYSE, a bolsa de valores com o maior volume de negociação no mundo. (Fonte: Gettyimagens/Reprodução)

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta sexta-feira, após o dado de inflação mais acompanhado pelo Federal Reserve (Fed) surpreender o mercado e apoiar a mensagem de dirigentes da autoridade monetária de que mais altas de juros serão necessárias.

O índice Dow Jones encerrou o pregão em baixa de 1,02%, a 32.816,92 pontos; o S&P 500 perdeu 1,05%, a 3.970,04 pontos; e o Nasdaq cedeu 1,69%, 11.394,94 pontos. Na semana, as perdas foram de 2,99%, 2,67% e 3,33%, respectivamente. Ações da Ford caíram 1,57%, após a montadora suspender a produção da picape elétrica F-150 por mais uma semana, após um problema envolvendo a bateria do carro

O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos EUA avançou 0,6% em janeiro ante dezembro, segundo informou hoje o Departamento do Comércio do país. O resultado superou a previsão de analistas e veio acompanhado de um avanço maior que o esperado dos gastos com consumo.

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Os indicadores levantaram a perspectiva de que o BC americano deve ser mais agressivo em seu ritmo de alta de juros, ao mesmo tempo em que dirigentes abusam de uma retórica que corrobora com isso: a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, afirmou hoje que novas altas de juros serão necessárias e que o banco central americano deverá manter “nível suficientemente restritivo por algum tempo”.

Já a dirigente da distrital do BC americano em Cleveland, Loretta Mester, destacou que a inflação segue bem acima da meta de 2% ao ano e que o Fed precisa elevar as taxas ainda mais para reduzir as pressões de preço.

Um estudo realizado por um grupo de economistas concluiu que a política monetária do BC americano precisará ser mais rígida, com a taxa básica de juros podendo chegar até 6,5%.

Ademais, ferramenta do CME Group mostra que houve aumento da chance de juro acima de 5,25% no fim deste ano. No fim da tarde em Nova York, a plataforma apontava 38,3% de chances de que os juros básicos subam do atual nível entre 4,50% a 4,75% para a faixa de 5,25% a 5,50% até o final do ano. Ontem, essa probabilidade era de 32,5%. Já a possibilidade de que as taxas atinjam o intervalo de 5,50% a 5,75% até dezembro cresceu de 12,4% na véspera a 20,5% há pouco.

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“O mercado está se recalibrando e reconhecendo que o caminho para a estabilidade de preços é repleto de obstáculos”, disse Quincy Krosby, estrategista-chefe global da LPL Financial, ao The Wall Street Journal. “O mercado está nos dizendo para ter cuidado, com um Fed que precisa vencer a inflação e prejudicar a economia para fazer isso”, acrescenta.

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