As bolsas da Europa fecharam em alta nesta segunda-feira (29), após caírem até 4% na última sexta-feira, em meio a preocupações quanto à variante ômicron do coronavírus. Investidores estão mais positivos com relação à cepa, que pode não ter uma letalidade tão alta. Segundo a médica sul-africana que primeiro identificou a nova variante, os pacientes infectados até o momento mostram “sintomas extremamente leves”.
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O índice Stoxx 600, que mede o desempenho de 600 empresas por todo o continente, subiu 0,69%, a 467,24 pontos. Em Londres, o FTSE 100 teve alta de 0,73%, a 7.109,95 pontos, enquanto o DAX subiu 0,16%, a 15.280,86 pontos, em Frankfurt, o CAC 40 subiu 0,54%, a 6.776,25 pontos, em Paris. No FTSE 100, ações da Lloyds Banking subiam 1,74%, e do BT Group, 9,40%.
“A primeira reação dos mercados foi entrar em pânico, mas as pessoas agora estão pensando que talvez a onda de vendas tenha sido exagerada”, explica o estrategista macro do DBS Bank, Chang Wei Liang.
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Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,73%, a 26.041,55 pontos. Nas praças ibéricas, o PSI 20 subiu 0,71%, a 5.463,39 pontos, e o IBEX 35 subiu 0,62%, a 8.455,20 pontos. Ações da Telecom Itália caíram 1,96% com a renúncia do CEO Luigi Gubitosi. A empresa iria começar a examinar uma oferta de aquisição pela companhia de private equity KKR & Co.
O analista da CMC Markets, Michael Hewson acredita que a reação do mercado da semana passada foi agressiva demais, já que ainda não houve relatos de hospitalizações ou mortes como resultado de alguém ser diagnosticado com a cepa ômicron.
“É claro que ainda é muito cedo, em meio à incerteza sobre o tratamento e a eficácia da vacina desta nova cepa, e embora possa ser mais transmissível, isso não significa necessariamente que seja mais mortal, com relatos iniciais sugerindo que os sintomas são ‘incomuns mas amenos’. Isso pode ajudar a explicar por que os mercados na Europa parecem prontos para uma recuperação”, comenta Hawson.
Na Alemanha, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 5,2% em novembro ante igual mês de 2020. Já o índice de confiança do consumidor da zona do euro caiu de -4,8 em outubro para -6,8 em novembro.
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O dia também foi marcado por declarações de figuras importantes. Dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da Espanha, Pablo Hernández de Cos afirmou ser “improvável” que o BC comum suba os juros na zona do euro no ano que vem ou mesmo “algum tempo depois” de 2022. O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, disse que taxas de vacinação muito mais altas devem ajudar a Europa a lidar melhor com riscos da variante, embora seja importante que a política monetária mantenha todas as opções em aberto. Já a integrante do Conselho da entidade, Isabel Schnabel, afirmou que a inflação na zona do euro atingiu o seu pico em novembro e, por isso, uma alta dos juros agora seria prematura.