Bolsas da Europa fecham em alta pelo segundo dia consecutivo

As bolsas europeias firmaram tendência de alta após a abertura dos negócios em Nova York e encerraram o pregão em campo positivo pelo segundo dia consecutivo. Investidores seguem demonstrando apetite por risco, enquanto avaliam os riscos induzidos pela variante ômicron do coronavírus.

O índice pan-europeu Stoxx 600, que avalia o desempenho das ações de empresas por todo o continente, avançou 0,92%, a 478,36 pontos.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido avançou 1,1% no terceiro trimestre de 2021 ante o anterior e 6,8% na comparação anual. A variação trimestral ficou um pouco abaixo do estimado, enquanto a alta anual mostrou forte desaceleração em relação ao ganho do segundo trimestre.

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A Bolsa de Londres chegou a recuar após a divulgação do PIB, mas voltou a se recuperar ao longo do dia, fechando em alta de 0,61%, aos 7341,66 pontos. Já o DAX, da Bolsa de Frankfurt, avançou 0,95%, aos 15593,47 pontos. O CAC 40 em Paris registrou uma das principais altas do dia, em 1,24%, aos 7051,67 pontos.

“O dado de hoje indica que a economia teve um pouco menos de ímpeto no terceiro trimestre do que pensávamos anteriormente. E, com os primeiros sinais de que a variante ômicron atingiu a atividade, o crescimento certamente terá desacelerado ainda mais no quarto trimestre”, projeta a Capital Economics, em relatório enviado a clientes.

De acordo com o Danske Bank, os mercados acionários estão começando a operar em ritmo de fim de ano. “Os drivers de hoje são exatamente os mesmos que derrubaram as ações na segunda-feira e, portanto, os investidores ainda estão com dificuldade para descobrir se a ômicron será uma grande ameaça ao crescimento econômico ou se será o início do fim da pandemia”, avalia o banco.

Ontem, Portugal se juntou à lista de países que adotaram restrições para tentar conter a disseminação local da cepa. Ainda assim, o índice PSI 20, da Bolsa de Lisboa, subiu 0,15%, aos 5459,66 pontos.

Na Espanha, destaque para relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) que estimou que a atividade econômica do país deve crescer 4,6% em 2021 e 5,8% em 2022. O consumo privado deve continuar a ser o principal motor do crescimento no curto prazo, sustentado por uma forte recuperação do mercado de trabalho e uma normalização continuada das poupanças das famílias. No entanto, a incerteza em torno das perspectivas é alta, com a evolução da pandemia permanecendo um risco-chave. Outro ponto de vulnerabilidade identificado foi o alto nível da dívida pública (em 120% do PIB em 2021). Em Madri, o Ibex 35 subiu 0,85%, aos 8459,10 pontos no fechamento do pregão, enquanto o FTSE MIB registrou alta de 0,66% em Milão, aos 26827,93 pontos.

Hoje, a Comissão Europeia se posicionou pela adoção de um imposto corporativo mínimo de 15% para as grandes companhias com atividades na região, seguindo o que foi acordado em outubro entre os Estados-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).