As bolsas da Europa operam mistas nas primeiras horas do pregão desta quinta-feira, enquanto investidores digerem o noticiário sobre a variante ômicron do coronavírus. Os mercados tentam se recuperar das perdas véspera, mas a imposição de novas restrições à mobilidade em países europeus inspira alguma cautela nos negócios.
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Por volta das 06h40 (de Brasília), o índice Stoxx 600, que reúne as principais ações da região, avançava 0,14%, a 478,02 pontos.
“Operadores gostam do fato de que ontem a Pfizer e a BioNTech declararam que a dose de reforço de sua vacina forneceria uma boa proteção contra infecções da nova cepa”, explicou o analista Naeem Aslam, da AvaTrade.
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Apesar disso, o ímpeto de retomada é limitado pelas persistentes incertezas em relação à covid-19. Ontem, o governo do Reino Unido anunciou novas restrições para tentar conter a ômicron na Inglaterra, entre elas uma recomendação de transição ao trabalho remoto.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, enfrenta uma crise política após revelações de que ele teria participado de uma festa no Natal passado, quando confraternizações estavam proibidas por conta da pandemia.
Na Alemanha, a média móvel de casos diários de coronavírus ronda os 50 mil, no momento em que o novo chanceler do país, Olaf Scholz, assume o cargo. O político defendeu a aplicação de medidas restritivas para pessoas que escolheram não se vacinar contra o vírus.
O quadro incerto da pandemia penaliza as ações do setor de aviação. No horário citado acima, IAG (controladora de British Airways e Iberia) recuava 2,45% em Londres, enquanto Air France-KLM baixava 1,59% em Paris. Em Frankfurt, Lufthansa perdia 0,60%.
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Também no radar dos mercados, a Fitch rebaixou hoje os ratings das incorporadoras chinesas Evergrande e Kaisa, após notícias de que as duas empresas teriam deixado de honrar compromissos financeiros, em meio à crise de liquidez no setor imobiliário da China.
Nesse cenário, as bolsas de Londres (-0,01%) e Frankfurt (+0,01%) operavam ao redor da estabilidade, enquanto Paris avançava 0,23%. Milão registrava ganho de 0,39%, acompanhada por Lisboa (+0,28%). Já Madri recuava 0,17%. No câmbio, o euro recuava a US$ 1,1318 e a libra cedia a US$ 1,3206.
*Com informações da Dow Jones Newswires