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Bolsas da Europa fecham em queda, de olho em BCE

Expectativa de cessar-fogo diminuiu com falas de autoridades russas

Bolsas da Europa fecham em queda, de olho em BCE
Resultado das principais bolsas de valores da Europa. REUTERS

As principais bolsas europeias fecharam em queda nesta quinta-feira. A expectativa de um cessar-fogo em breve, dadas as notícias de ontem, diminuiu com falas de autoridades russas nesta sessão. A decisão monetária do Banco Central Europeu (BCE) e posições da presidente da instituição, Christine Lagarde, também estiveram no radar.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 1,69%, a 427,12 pontos. Enquanto o londrino FTSE 100 caiu 1,27%, a 7.099,09 pontos, e o parisiense CAC 40 cedeu 2,83%, a 6.207,20 pontos.

Hoje, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse que o encontro com seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, não teve o cessar-fogo como pauta central. O tema deve ser discutido por delegações dos países em Belarus. E afirmou que, para que os presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky se encontrassem, Moscou precisaria de uma maior preparação e uma reunião “com mais foco”.

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“Parece haver uma ingenuidade generalizada por parte dos mercados, assim como de alguns políticos, de que a Rússia está interessada em seguir um caminho diplomático, quando todas as suas ações até agora parecem sugerir que Moscou tem apenas uma agenda, e não é pacífica”, disse o analista-chefe para mercados na CMC Markets, Michael Hewson. O economista observa que parece haver uma redefinição de expectativas entre operadores que lidam com o cenário de incertezas.

As bolsas, que já operavam em queda, aceleraram o movimento após decisão do BCE de manter inalteradas suas principais taxas de juros: a taxa de depósitos seguiu em -0,50%, a taxa de refinanciamento em 0% e a taxa de empréstimo em 0,25%. O ritmo de redução de compra de ativos pelo BCE foi acelerado.

Na avaliação da Capital Economics, a decisão da autoridade monetária traça caminho para que os juros sejam elevados no segundo semestre deste ano, enquanto o Wells Fargo espera que isto aconteça em dezembro. O ING acredita que uma elevação na taxa “ainda é possível” em 2022 e o Commerzbank aposta em duas.

Em coletiva à imprensa após a decisão, Lagarde destacou que a guerra na Ucrânia terá “grande impacto” no crescimento econômico e inflação na zona do euro. A autoridade frisou que a energia é a principal causa para salto inflacionário na região e que preços devem seguir altos no curto prazo. Em relatório divulgado hoje, o BCE projeta menor crescimento e maior inflação para a zona do euro: o índice de preços ao consumidor (CPI) deve ficar em 5,1% em 2022, 2,1% em 2023 e 1,9% em 2024, já o Produto Interno Bruto (PIB) deve subir 3,7% em 2022, 2,8% em 2023 e 1,6% em 2024.

Nos Estados Unidos, maior economia do mundo, o CPI de fevereiro registrou salto anual de 7,9%, o maior desde janeiro de 1982.

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Em Frankfurt, o DAX caiu 2,93%, a 13442,10 pontos, e em Milão, o FTSE MIB cedeu 4,20%, a 22.886,69. Nas praças ibéricas, o PSI 20 teve baixa de 1,29%, a 5524,75 pontos, e o IBEX 35 recuou 1,15%, a 8.069,30 pontos, segundo dados preliminares.

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