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Bolsas da Europa fecham em queda, puxadas por techs e tensões na Ucrânia

Recuo do petróleo e dados econômicos negativos também puxam as ações para baixo

Foto: REUTERS/Ralph Orlowski

As bolsas da Europa fecharam em firme queda nesta sexta-feira, em meio à desvalorização das ações do setor de tecnologia, penalizadas por perspectivas de aperto monetário. O recuo do petróleo, tensões geopolíticas e dados econômicos negativos também ajudaram a azedar o clima.

O índice Stoxx 600, que abrange algumas das principais empresas de capital aberto do continente europeu, fechou em baixa de 1,84%, a 474,44 pontos, com retração de 1,40% na semana.

Embora estejam em queda hoje, os juros dos Treasuries registraram acentuada elevação nos últimos dias e as T-notes de 2 e 10 anos chegaram a renovar máximas em dois anos. O movimento reflete a expectativa dos mercados de aumento de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) já na reunião de março. Na semana que vem, a autoridade monetária se reúne, mas ainda deve manter a taxa básica na faixa atual (entre 0% e 0,25%).

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Os retornos em alta tendem a pesar sobre as ações em geral, mas as de tecnologia são as mais afetadas, porque são mais dependentes de crescimento futuro. O tombo de até 25% da Netflix em Nova York hoje, após balanço corporativo, apenas contribuiu para piorar o cenário, que teve repercussões do outro lado do Atlântico.

Para a gestora de fundos multiativos da Invesco, Georgina Taylor, o quadro nas mesas de operações é agravado ainda pelo aprofundamento das tensões geopolíticas entre Rússia e Ocidente, em meio a temores de que Moscou pretende invadir a Ucrânia. “O risco geopolítico desempenha um papel”, explica, acrescentando que o ambiente pode ter efeito na inflação.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 encerrou a sessão com perda de 1,20%, a 7.494,13 pontos – perda de 0,65% na semana. Por lá, também repercutiu a informação de que as vendas no varejo do Reino Unido recuaram 3,7% em dezembro ante novembro, bem mais que o consenso de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda de 0,6%. Na zona do euro, o índice de confiança do consumidor caiu de -8,4 em dezembro a -8,5 em janeiro, segundo dados preliminares da Comissão Europeia. O resultado veio melhor que a projeção do mercado, que era de recuo a -9,0. A surpresa positiva no dado, no entanto, teve influência limitada nos negócios europeus. O índice DAX, referência em Frankfurt, perdeu 1,94%, a 15.603,88 pontos, em baixa de 1,76% na semana. Já o FTSE MIB, de Milão, caiu 1,84% hoje e 1,75% na comparação com sexta-feira passada, a 27.061,40 pontos.

Em Paris, o CAC 40 se desvalorizou 1,75%, a 7.068,59 pontos, com perda de 1,04% no acumulado dos últimos cinco pregões. O papel da Total baixou 2,09%, em meio a queda de mais de 1% nos preços do petróleo.

Nas praças ibéricas, o PSI 20, de Lisboa, registrou depreciação de 1,43%, a 5.582,76 pontos, com baixa semanal de 0,96%. Já o Ibex 35, de Madri, recuou 1,36% hoje e 1,27% na semana, a 8.694,70 pontos, de acordo com cotação preliminar