As bolsas europeias operam em alta na manhã desta terça-feira, à medida que investidores buscam ações duramente castigadas no pregão anterior em meio a temores sobre uma forte desaceleração do crescimento econômico global.
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Por volta das 6h35 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 1,22%, a 422,54 pontos, após sofrer uma queda de quase 3% ontem.
Os mercados acionários vêm sofrendo fortes perdas em maio, diante de preocupações de que grandes bancos centrais elevem juros de forma agressiva para conter a inflação. Em Wall Street, o Nasdaq – índice em boa parte formado por grandes empresas de tecnologia, que são mais sensíveis a variações de juros – amargou um tombo de mais de 4% ontem.
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Desde o começo deste mês, o Stoxx 600 ainda acumula desvalorização de cerca de 5%, à medida que lockdowns contra a covid-19 na China, a guerra entre Rússia e Ucrânia e preocupações sobre aperto monetário se sobrepuseram a uma temporada positiva de balanços corporativos.
O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) já elevou juros em duas ocasiões desde março e planeja outros aumentos, uma vez que os preços se mantêm elevados. Hoje, um série de dirigentes do BC americano falam em eventos ao longo do dia.
Autoridades do Banco Central Europeu (BCE), por sua vez, têm se mostrado cada vez mais abertos para a possibilidade de normalizar a política monetária em ritmo mais veloz, visto que a inflação na zona do euro segue em patamar recorde.
Dos indicadores europeus do dia, destaque para o índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha, que teve uma inesperada alta em maio, a -34,3 pontos, mas continua num nível historicamente baixo.
Às 6h50 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,82%, a de Frankfurt avançava 1,58% e a de Paris se valorizava 1,12%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham ganhos de 1,41%, 1,17% e 0,60%, respectivamente.
No câmbio, o euro recuava a US$ 1,0547, de US$ 1,0566 no fim da tarde de ontem, enquanto a libra caía a US$ 1,2318, de US$ 1,2339 ontem.