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Bolsas da Europa desabam e Londres tem “pior dia” desde março; entenda os motivos

Expectativas de aperto econômico nos EUA estão no radar

Bolsas da Europa desabam e Londres tem “pior dia” desde março; entenda os motivos
Bandeiras da União Europeia. Foto: Envato Elements

Os mercados acionários europeus fecharam em forte baixa nesta quinta-feira (6), acompanhando o movimento em Nova York, após forte aumento de empregos no setor privado dos EUA em junho e sinais de resiliência do setor de serviços pressionar expectativas de Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) mais rígido. Ainda, dados de atividade na região confirmaram temores de uma recessão à frente.

Em Londres, o FTSE 100, caiu 2,17% a 7.280,50 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em baixa de 2,57%, a 15.528,54 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 3,13%, a 7.082,29 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em queda de 2,53%, a 27.506,91 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 caiu 2,21%, a 9.276,70 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 fechou em baixa de 1,41%, a 5.872,76 pontos. As cotações são preliminares.

Segundo análise da CMC Markets, os temores por mais altas de juros nas principais economias levaram Londres a ter seu “pior dia” desde março, com sua fraqueza se manifestando no restante do mercado europeu, depois que a ata do Fed divulgada ontem mostrou que a decisão de pausar os aumentos de juros em junho não foi a medida “definitiva que muitos pensavam que fosse”.

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“A clara disposição entre muitos membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) de fazer muito mais sobre as taxas, e a clara orientação hawkish assustaram os mercados e, juntamente com o relatório de folha de pagamento do ADP de hoje, consolidaram a ideia de que as autoridades do Fed levam muito a sério o cumprimento de sua meta de inflação”, avalia a CMC.

Ainda, dados do varejo da zona do euro, estável em maio ante abril, frustrando expectativas de avanço, não ajudaram, conforme avalia a Capital Economics. “Olhando para frente, a confiança do consumidor continua bem abaixo da média histórica, e o impacto da política monetária mais apertada ainda está repercutindo nos gastos com juros das famílias, que vão pesar sobre o consumo”.

Entre as quedas de papéis em destaque, está o setor de energia, que seguiu a fraqueza do petróleo, com baixas na Antofagasta e a Glencore, que fecharam em queda de mais de 5% em Londres. Já em Milão e em Lisboa, a Eni e a Galp Energia fecharam com baixa de mais de 2%.

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