Os mercados acionários da Europa fecharam em alta, em pregão marcado por falas de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) indicando que a próxima alta de juros deverá manter o ritmo atual. Ainda, a melhora do índice de confiança do consumidor da zona do euro, na leitura preliminar, também orientou os investidores nesta sessão.
Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,18%, a 7.784,67 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, seguiu o movimento e fechou em alta de 0,46%, a 15.102,9 pontos. O CAC 40, em Paris, avançou 0,52%, a 7.032,02 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 0,18%, a 25.821,45 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,34%, a 8.948,60 pontos.
Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 0,99%, a 5.972,56 pontos. As cotações são preliminares. Segundo análise da CMC Markets, apesar de um início de pregão “lento”, o FTSE 100 terminou com ganhos, impulsionado pelos setores de tecnologia e varejo. Na Bolsa de Londres, a empresa de tech Ocado teve alta de quase 4% e a varejista JD Sports avançou mais de 1,5% Dirigente do BCE, Peter Kazimir afirmou que a autoridade monetária ainda precisa de mais duas altas de 50 pontos-base (pb) nos juros.
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Segundo ele, embora a queda da inflação seja uma boa notícia, é preciso estar atento ao núcleo dos preços para as próximas decisões do BCE. À Bloomberg, o também membro do conselho monetário do BC europeu, Yannis Stournaras, apoiou o posicionamento de Kazimir sobre as altas mais firmes. Falando hoje no Parlamento Europeu, mas sem mencionar expectativas de altas de juros, Fabio Panetta discursou sobre o projeto do BCE para o euro digital, defendendo que ele poderia defender a soberania da política monetária da Europa.
Já com relação às expectativas do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), o HSBC Global Research afirma, em nota, que o BC inglês deverá aumentar as taxas de juros em 25 pb na próxima reunião, do 2 de fevereiro. Entretanto, o riscos de uma alta de 50 pb ainda são “significativos”. No radar de investidores, também esteve a leitura preliminar da Comissão Europeia sobre o índice de confiança do consumidor na zona do euro.
O índice subiu levemente em janeiro, ainda aquém da previsão de analistas. A atividade é vista como um indicador para os gastos do consumidor, o que pode beneficiar as empresas.