As bolsas da Europa fecharam sem sinal único nesta quinta-feira (23), em uma sessão com grande atenção à postura dos bancos centrais, com publicação de dados no continente e nos Estados Unidos. Além disso, o balanço da Nvidia deu impulso ao setor de chips, enquanto as perspectivas para eleições britânicas foram observadas no Reino Unido.
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O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,04%, a 521,41 pontos.
O apetite por risco foi limitado pela ata de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), publicada ontem. O tom do documento foi bastante cauteloso, esfriando as expectativas para eventuais cortes de juros nos EUA este ano. Os mercados atingiram mínimas após o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos EUA superar a expectativa, o que sugere perspectiva de política monetária apertada por mais tempo pelo Fed. Os últimos PMIs europeus trouxeram um quadro misto.
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Na zona do euro, o PMI composto subiu para 52,3 em maio, graças à indústria, uma vez que o setor de serviços permaneceu estável. Apenas na Alemanha, tanto indústria quanto serviços surpreenderam positivamente. No Reino Unido, por outro lado, o PMI composto recuou neste mês, com pressão de serviços.
De acordo com o indicador de salários negociados do Banco Central Europeu (BCE), os salários coletivos voltaram a subir ligeiramente mais fortemente no primeiro trimestre de 2024 (4,7%) do que no último trimestre de 2023 (4,5%). Embora seja pouco provável que isto agrade aos banqueiros centrais, não deverá impedi-los de reduzir as taxas de juro pela primeira vez em junho, avalia o Commerzbank.
Fabricantes de semicondutores como as holandesas ASM (+1,99%) e ASML (+2,68%) subiram após a Nvidia divulgar resultados trimestrais melhores do que o esperado no fim da tarde de ontem. Em Frankfurt, o DAX subiu 0,03%, a 18.686,63 pontos. Em Paris, o CAC 40 subiu 0,13%, a 8.102,33 pontos. Em Milão, o FTSE MIB avançou 0,02%, a 34.467,67 pontos. Em Madri, o Ibex35 caiu 0,23%, a 11.303,40 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve queda de 0,37%, a 6.924,65 pontos.
No Reino Unido, as eleições antecipadas convocadas pelo primeiro-ministro Rishi Sunak para 4 de julho foram destaque. Segundo as últimas pesquisas, o Partido Trabalhista tem grande vantagem, e deve vencer o pleito. Por sua vez, analistas esperam impactos limitados para os mercados.
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“Embora a política tenha passado para o topo da agenda à medida que a máquina de campanha para as eleições gerais no Reino Unido se prepara para arrancar, o único choque para os investidores é a data da grande votação. É mais cedo do que o esperado, mas até obtermos manifestos eleitorais completos dos Conservadores e Trabalhistas, os mercados permanecerão calmos”, afirma Russ Mould, diretor de investimentos da AJ Bell. Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,37%, a 8.339,23 pontos.