Os mercados europeus fecharam em alta hoje, com a melhora da perspectiva com relação ao setor bancário. Ademais, na Alemanha, dados de sentimento das empresas subiu e surpreendeu analistas.
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Em Londres, o FTSE 100, registrou alta de 0,90% a 7.471,77 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, subiu 1,14%, a 15.127,68 pontos. O CAC 40, em Paris, avançou 0,90%, a 7.078,27 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 1,21%, a 26.206,67 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 teve alta de 1,29%, a 8.906,10 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 0,85%, a 5.782,39 pontos.
“Com o início de uma nova semana, vimos uma modesta redução na angústia do setor bancário nos últimos dias, com um tom muito melhor após a liquidação no final da semana passada”, analisa a CMC Markets. “A ajuda veio por eventos do outro lado do Atlântico, à medida que o Citizens Bank nos EUA está adquirindo empréstimos e depósitos do Silicon Valley Bank (SVB)”, completa.
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O First Citizens Bank, um dos maiores bancos regionais dos EUA, fechou acordo para comprar o SVB. A transação envolve a venda de US$ 119 bilhões em depósitos e cerca de US$ 72 bilhões em empréstimos do SVB, com desconto de US$ 16,5 bilhões. Cerca de US$ 90 bilhões em títulos do SVB permanecerão em liquidação judicial, segundo comunicado divulgado pelo Federal Deposit Insurance Corp. (FDIC), no domingo à noite.
Neste cenário, Grandes bancos europeus mostraram ímpeto de recuperação nesta segunda-feira: papéis do Barclays subiram 2,32%, enquanto o do Deutsche Bank avançaram 6,15%, por exemplo.
Na Alemanha, o índice de sentimento das empresas subiu de 91,1 pontos em fevereiro para 93,3 pontos em março, atingindo o maior nível desde maio do ano passado, segundo pesquisa divulgada hoje pelo instituto alemão Ifo. O resultado de março surpreendeu analistas, que previam leve queda do índice a 90,9.
No âmbito da política monetária, segundo a Bloomberg, Isabel Schnabel, membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu (BCE), pressionou para que a declaração de decisão deste mês sinalizasse uma possível alta nas taxas de juros no futuro. Já o dirigente Joachim Nagel reafirmou que o BCE está determinado a continuar combatendo a inflação na zona do euro, apesar da recente turbulência no setor bancário. Pablo Hernández de Cos, por sua vez, afirmou hoje que as próximas decisões de política monetária irão considerar os riscos financeiros, incluindo as tensões observadas nas últimas semanas.
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