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Bolsas da Europa fecham majoritariamente em baixa, após decisão do BoE

O índice pan-europeu Stoxx 600 caía 0,93%, a 409,54 pontos, às 13h57 (de Brasília)

Bolsas da Europa fecham majoritariamente em baixa, após decisão do BoE
Foto: Envato Elements

As bolsas da Europa fecharam em baixa, em sua maioria, na esteira de Wall Street de olho nas falas de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), nesta quinta-feira (03). A exceção foi Londres, que subiu após alta de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) e índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) britânico melhor que o esperado, e Lisboa, que ficou próximo à estabilidade. Reforço da política de zero-covid por autoridades chinesas também pesou sobre os índices.

O índice pan-europeu Stoxx 600 caía 0,93%, a 409,54 pontos, às 13h57 (de Brasília). O CAC 40, de Paris, acompanhou o movimento e fechou com baixa de 0,54%, a 6.243,28 pontos, e o DAX, em Frankfurt, cedeu 0,95%, a 13.130,19 pontos.

Na Inglaterra, porém, houve maior apetite por risco entre investidores. O BoE elevou juros em 75 pontos-base, como previsto, e a bolsa de Londres ganhou fôlego, enquanto a libra se desvalorizou ante o dólar. Já os juros dos Gilts britânicos, por sua vez, desaceleraram alta após a decisão. Na análise da Capital Economics, o BoE enviou um “sinal forte” de que acha que as taxas não precisarão subir muito acima de 5% e teve tons dovish, apesar da magnitude da alta. O FTSE 100 fechou com alta de 0,62%, a 7.188,63 pontos.

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Ainda no Reino Unido, a S&P Global e o CIPS indicaram que o PMI de serviços do Reino Unido caiu de 50,0 em setembro a 48,8 em outubro – queda menor que a prevista por analistas.

No restante da Europa, as principais bolsas já operavam em baixa desde o início do pregão, na esteira de queda em Wall Street, com operadores digerindo alta de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e sinalizações consideradas hawkish do presidente da instituição, Jerome Powelll. Ainda, a China reafirmou a política de tolerância zero à covid-19 no país, encerrando os rumos de possível flexibilização.

Já no BCE, as preocupações com inflação são renovadas. A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que uma leve recessão na zona do euro não será suficiente para frear a inflação, enquanto o dirigente Fabio Panetta avaliou que as pressões inflacionárias têm se disseminado pela região, com claros riscos de alta para a perspectiva no médio prazo. Também membros do conselho, Joachim Nagel evitou especular sobre amplitude de elevação das taxas a ser adotada na próxima reunião, em dezembro, enquanto Ignazio Visco disse não haver expectativas de que o BCE acompanhe o ritmo do Fed.

Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,43%, a 22706,02 pontos, enquanto o IBEX 35 caiu 1,25%, a 7.868,90 pontos, de acordo com dados preliminares. Em Lisboa, o PSI 20 ficou próximo à estabilidade, com leve alta de 0,09%, a 5.739,16 pontos, nos ajustes.

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