As bolsas da Europa fecharam em queda nesta quarta-feira (16), em meio a incertezas econômicas e geopolíticas que promoveram um movimento global de aversão a risco. Falas de dirigentes de bancos centrais e outras autoridades foram monitoradas com atenção pelo mercado.
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Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,00%, aos 14234,03 pontos; o CAC 40 de Paris baixou 0,52%, aos 6607,22 pontos; o Ibex 35, de Madri, teve baixa de 0,89, aos 8115,40 pontos; o PSI 20, de Lisboa, recuou 0,35%, aos 5797,76 pontos e em Milão, o FTSE MIB caiu 0,68%, para 24531,27 pontos. Cotações preliminares.
Em Londres, o FTSE 100 fechou em baixa de 0,25%, aos 7351,19 pontos, depois que dados de inflação no Reino Unido mostraram a maior alta anual em 41 anos, de 11,1% em outubro. Os números alimentaram as expectativas de novos aumentos nos juros pelo banco da Inglaterra (BoE), ainda que parte do mercado acredite que a inflação britânica pode ter atingido seu pico. Neste início de tarde, o presidente do BoE, Andrew Bailey, disse que há sinais perda de fôlego inflacionário em alguns itens, mas novas altas de juros provavelmente serão necessárias.
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A discussão sobre o ritmo de elevação de juros pelo principais bancos centrais do mundo está no centro das atenções do mercado. Nos EUA, diversos membros do Federal Reserve têm sinalizado uma desaceleração na magnitude dos aumentos daqui pra frente. O Banco Central Europeu (BCE) também já discute essa questão. Hoje, Ignazio Visco, que além de membro do BCE é presidente do Banco da Itália, afirmou que há argumento para altas menos agressivas de juros nos próximos meses.
As incertezas quanto à perspectiva econômica global, entretanto, continua bastante elevada. Um incidente, ontem, com um míssil na fronteira da Ucrânia com a Polônia acirrou as tensões geopolíticas. Nesta manhã, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou que não houve um “ataque deliberado” da Rússia à Polônia, mas responsabilizou Putin pela “guerra ilegal” que provocou tal situação.
O episódio impulsionou as ações ligadas a defesa e energia na Europa. Os papéis das petroleiras BP e Total subiram mais de 1%. No segmento de defesa, os papéis da Rheinmetall AG, da Thales e da Leonardo contrariam a tendência dos mercados e também tiveram altas que chegaram a ultrapassar 2%.