As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta terça-feira (21), após a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) ter reforçado que os dirigentes veem necessidade de manter juros restritivos por mais algum tempo, mas não ter tido grande impacto nas expectativas do mercado.
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No fechamento, o índice Dow Jones recuou 0,18%, a 35.088,29 pontos; o S&P 500 perdeu 0,20%, a 4.538,19 pontos; e o Nasdaq cedeu 0,59%, a 14.199,98 pontos.
A ata do Fed mostrou que todos os membros votantes do comitê julgaram que a postura atual da política monetária já está restritiva e que é apropriado mantê-la assim por “algum tempo”. O BMO Capital Markets descreveu o tom do documento como “cautelosamente hawkish”. A Capital Economics também avalia que o Fed manteve uma tendência restritiva, mas pondera que sua impressão é de que as autoridades veem os juros já no pico – com possibilidade de cortes de juros antes de maio.
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Mas as bolsas mostraram uma reação apenas tímida à ata. As apostas no início do relaxamento monetário em maio recuaram marginalmente, segundo monitoramento do CME Group, sugerindo que os investidores não fizeram grandes mudanças de posições na esteira da divulgação.
Em foco, a ação da Nvidia caiu 0,92% no pregão regular, na expectativa para a publicação do seu balanço trimestral a qualquer momento após o fechamento do pregão. Para a Navellier, caso a Nvidia supere expectativas e indique um guidance forte, a empresa muito provavelmente vai ganhar impulso no rali. Caso desaponte, será um grande golpe para as grandes expectativas sobre inteligência artificial (IA) no setor de tecnologia, afirmou a consultoria em relatório. Grande parte das ações do segmento de semicondutores fecharam no vermelho – como Broadcom, Qualcomm, Micron, Applied Materials e Marvell.
Segundo monitoramento do Santander Equity Strategy, 60% das 456 empresas do S&P 500 que reportaram os resultados do terceiro trimestre (91% do total) superaram as projeções de receita líquida do consenso Bloomberg, em comparação com uma média histórica de 62%. “Os setores de serviços de comunicação, consumo discricionário e financeiro registraram as maiores altas no lucro líquido até o momento. Por outro lado, energia, materiais básicos e saúde registraram as maiores quedas no lucro líquido”, observou a equipe do banco em relatório.