As bolsas de Nova York fecharam o pregão de hoje em baixa e tiveram perdas expressivas no acumulado de uma semana que consolidou a narrativa de que alguns dos principais bancos centrais do planeta terão que manter juros elevados por um horizonte de tempo longo.
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O índice Dow Jones encerrou o dia em queda de 0,31%, a 33.963,84 pontos. O S&P 500 cedeu 0,23%, a 4.320,06 pontos; e o Nasdaq marcou desvalorização de 0,09%, a 13.211,81 pontos. Na comparação semanal, houve recuo de 1,89%, 2,93% e 3,62%, respectivamente. S&P 500 e Nasdaq tiveram as maiores retrações semanais desde março deste ano.
Entre montadoras, a ação da Ford subiu 1,89%, após a empresa ter sido poupada de um novo esforço da greve do sindicato United Auto Workers (UAW) que atingiu Stellantis (+0,16%) e General Motors (-0,38%). Tesla, por sua vez, recuou 4,17%, após o analista Jeff Chung, do Citi, informar que as vendas na China caíram em setembro.
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No plano macroeconômico, investidores se mantêm em alerta quanto ao impacto do cenário de juros na atividade. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos EUA recuou para 50,1 na preliminar de setembro, ainda em território de expansão, segundo informou hoje a S&P Global.
Diante desse cenário, o Federal Reserve (Fed) optou por manter juros na última quarta-feira, mas deixou a porta aberta para um possível novo aperto. Em discurso hoje, a diretora do Fed Michelle Bowman disse que a persistente resiliência defendeu mais aumento de juros à frente, sobretudo se os progressos na inflação estagnarem. Já a presidente da distrital do BC americano em São Francisco, Mary Daly, evitou descartar novas elevações à frente.
No geral, a Oxford Economics entende que o Fed busca solidificar a mensagem de que as taxas ficarão altas por período longo. “Dirigentes consideram que o nível neutro das taxas de juro, pelo menos no curto prazo, é significativamente mais elevado do que antes da pandemia”, afirma.
As ações do setor bancário ficaram particularmente penalizadas no pregão de hoje. Goldman Sachs recuou 0,71%, Citi cedeu 1,89%, Morgan Stanley baixou 1,87%.
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