O BTG (BPAC11) alterou o investimento em seu fundo DI com taxa zero e os cotistas foram às redes sociais para reclamar.
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O banco de investimentos limitou o investimento no produto intitulado BTG Pactual Digital Tesouro Selic Simples a R$ 100 mil. A mudança foi comunicada em Fato Relevante encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Boa parte dos clientes recorriam a esse fundo para usar como reserva de emergência, e isso sem qualquer tipo de taxa.
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O sócio e analista de fundos da Nord Research, Luiz Felippo, explica que os fundos taxa zero entraram no passado como uma estratégia de captação de clientes e uma forma de aumentar o ticket médio em outras frentes por meio do chamado cross sell (venda cruzada).
Felippo pontua que essa estratégia tem um certo custo associado. “Afinal, não é custo zero para o banco”, diz, acrescentando que, neste caso em especial, pode ser que a instituição esteja reavaliando esse “investimento”.
O executivo lembra que o BTG não foi a única corretora a alterar o investimento em fundo DI, e destaca que “é sempre complicado saber as motivações por trás do movimento”. A afirmação encontra base na XP Investimentos, que também alterou o investimento em fundo DI e na Órama, corretora adquirida pelo BTG na última semana por R$ 500 milhões.
Vale lembrar que os fundos DI são fundos de investimentos em títulos atrelados aos principais indexadores, CDI ou Selic. Com ele é possível comprar títulos públicos e privados tendo como principal objetivo alcançar, e também ultrapassar, 100% do CDI.
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O CDI, por sua vez, é o Certificado de Depósito Bancário, ou títulos emitidos pelos bancos como forma de captação ou aplicação de recursos excedentes. Já a Selic é a taxa básica da economia brasileira, atualmente em 12,75% ao ano.
O E-Investidor tenta contato com o BTG para comentar. Caso a instituição se posicione, o texto será atualizado.