

O Bradesco (BBDC4) registrou lucro líquido recorrente de R$ 6,1 bilhões no segundo trimestre deste ano, resultado 28,6% maior que o do mesmo intervalo do ano anterior, e 3,5% superior ao do primeiro trimestre.
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O Bradesco (BBDC4) registrou lucro líquido recorrente de R$ 6,1 bilhões no segundo trimestre deste ano, resultado 28,6% maior que o do mesmo intervalo do ano anterior, e 3,5% superior ao do primeiro trimestre.
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O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE do Bradesco) foi de 14,6%, alta de 3,2 pontos porcentuais em um ano, e de 0,2% em um trimestre. A carteira de crédito ampliada cresceu 11,7% para R$ 1,018 bilhão ao final do segundo trimestre frente ao mesmo período de 2024, enquanto avançou 1,3% na comparação trimestral. A participação das linhas com garantia aumentou de 57,0% no primeiro trimestre para 58,5% no segundo trimestre.
A margem financeira bruta chegou a R$ 18 bilhões no trimestre, crescendo 15,8% em base anual e 4,7% na trimestral. Houve maior contribuição da margem com clientes, que atingiu R$ 17,8 bilhões, aumentando 16,4% ano a ano e 5,9% no trimestre, impulsionada pelo aumento da carteira de crédito e eficiência das captações.
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A margem com mercado foi de R$ 288 milhões no segundo trimestre, caindo 111,4% no comparativo com o mesmo trimestre de 2024 e 37,74% quando comparado ao trimestre anterior. A margem financeira líquida somou R$ 9,9 bilhões, uma alta de 19,4% em base anual e de 3,2% frente ao primeiro trimestre do Bradesco.
A receita total do Bradesco atingiu R$ 34 bilhões no trimestre, crescendo 15,1% ano a ano, impulsionada por forte crescimento em todas as linhas, segundo o banco: margem financeira total, receitas com serviços e seguros. Frente ao primeiro trimestre, houve aumento de 5,2%.
“Como indicado no nosso guidance, o desempenho das receitas será a principal razão para o aumento da nossa rentabilidade em 2025”, afirmou o banco no release de resultado do 2º trimestre do Bradesco. As receitas de prestação de serviços cresceram 10,6% em base anual e 5,5% na trimestral, para R$ 10,3 bilhões. Na comparação anual, os destaques foram as receitas de rendas de cartão, consórcios e mercado de capitais, de acordo com o banco.
As despesas do Bradesco com provisões contra devedores duvidosos (PDD) expandida somaram R$ 8,1 bilhões no segundo trimestre deste ano, alta de 11,7% em relação a igual período de 2024. Em três meses, houve crescimento de 6,5%.
A recuperação de crédito somou R$ 795 milhões, baixa de 12% em um ano, e alta de 7,9% em um trimestre. Segundo o banco, o aumento está relacionado ao maior crescimento das operações massificadas, com destaque para micro, pequenas e médias empresas, pessoas físicas e a consolidação do Banco John Deere.
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O custo de crédito do banco subiu 3,2% no segundo trimestre, de 3% no primeiro trimestre, dentro da normalidade, segundo o banco, para um crescimento maior em créditos massificados.
O índice de cobertura do Bradesco envolvendo as perdas esperadas em relação à exposição vencida acima de 90 dias foi para 177,8% ao final do segundo trimestre, de 183,1% no primeiro trimestre. O índice reflete a nova regra do Banco Central, que entrou em vigor este ano, para provisões.
A carteira de crédito expandida do Bradesco encerrou o segundo trimestre em R$ 1,018 trilhão, crescimento de 11,7% na comparação com o mesmo período de 2024, e alta de 1,3% ante o primeiro trimestre deste ano.
O desempenho foi puxado pelas operações para pessoas físicas, que cresceram 15,9% em 12 meses, fechando junho em R$ 442 bilhões.
A carteira expandida de pessoa jurídica encerrou o trimestre em R$ 576 bilhões, alta anual de 8,6%. Na PJ, destaca para o segmento de pequenas e médias empresas, com avanço anual de 25%, enquanto a carteira de grandes companhias recuou 0,2%.
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Na pessoa física, a linha de maior crescimento entre as que não têm garantias foi a de crédito pessoal, alta anual de 17%, para R$ 72 bilhões. Nas linhas com garantia, o consignado fechou o trimestre com carteira de R$ 99,4 bilhões, expansão anual de 5,2%.
O financiamento imobiliário na pessoa física teve expansão de 17,6%, para R$ 111 bilhões. Incluindo a carteira de imobiliário da PJ, o total dessa linha sobe para R$ 142,7 bilhões, alta de 18% na comparação anual.
Na carteira de crédito do Bradesco, cresceu o porcentual do crédito com garantia, que fechou o segundo trimestre em 58,5%, ante 54,1% de um ano atrás.
O Bradesco informou há pouco que revisou o guidance para o ano de 2025 com alteração na projeção de crescimento das receitas de prestação de serviços, que passou de 4% a 8% para 5% a 9%. As operações de seguros, previdência e capitalização também foram ajustadas de uma expectativa de aumento de 6% a 10% para 9% a 13%. O banco informou ainda que as outras projeções seguem mantidas, sendo elas: carteira de crédito expandida com guidance de 4% a 8% para o ano; margem financeira líquida, entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões; e as despesas operacionais com perspectiva de crescimento de 5% a 9%.
As projeções do Bradesco levam em conta uma cautela na originação de crédito, informou o banco nesta noite. Dois guidances, de receitas com serviços financeiros e a dos resultados com seguros e previdência, foram elevados, ao passo que os de crédito, margem financeira e despesas operacionais foram mantidos. “Nosso guidance continua a considerar cautela na originação de crédito”, afirma o banco. “Nossa rentabilidade cresce de forma gradual e segura”, afirma o banco ao comentar a alteração das projeções. O banco ressalta que o desempenho das receitas será a principal razão para o aumento da rentabilidade do banco em 2025.
O presidente do banco, Marcelo Noronha, afirmou que o segundo trimestre do Bradesco, no qual o banco lucrou R$ 6,1 bilhões, representa o sexto trimestre seguido de aumento do resultado e que é fundamental que a instituição seja “consistente” para “caminhar com segurança”.
“A economia começou a desacelerar de forma mais evidente no segundo trimestre e esperamos que desacelere mais daqui para frente. Assim, é preciso manter a nossa cautela, preservar a boa qualidade das novas safras de crédito, sem perder bons negócios”, disse Noronha.
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Ele afirmou ainda que no segundo trimestre, o Bradesco apresentou crescimento importante em todos os três principais componentes das receitas: margem financeira total, receitas com serviços e seguros. “Nossa tração comercial nos permite avançar em várias linhas ao mesmo tempo”, acrescentou.
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