O Bradesco BBI elegeu os bancos brasileiros como top pick (investimentos em destaque) dentro da cobertura do setor na América Latina, em meio a maior cautela com os bancos mexicanos após eleições no país e diante do momento positivo dos brasileiros.
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Em relatório, os analistas Gustavo Schroden, Eric Ito e Gabriel Menezes destacam que a visão mais favorável sobre os bancos brasileiros é sustentada pelas expectativas de impactos positivos devido a taxas de juros mais altas por um período prolongado, a diminuição das preocupações com a qualidade dos ativos e as projeções de crescimento de lucros e retornos sobre o patrimônio (ROEs) elevados.
Dentre as principais escolhas no setor com recomendações outperform (o equivalente a compra) está a ação preferencial de Itaú (ITUB4), com preço-alvo de R$ 45, o que representa um potencial de valorização de 41% sobre o fechamento da ação no pregão de quinta-feira (6).
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Segundo o time do BBI, o Itaú é a melhor opção considerando o cenário macroeconômico no Brasil apontando que o banco deve continuar a sustentar um forte resultado líquido nos próximos meses, impulsionado por uma receita líquida de juros (NII) ainda “decente”, com resultados do tesouro compensando uma possível desaceleração no crescimento do empréstimo à frente, combinado com menor custo de risco e qualidade de ativo controlada.
O banco também tem recomendação outperform para as units (diferentes tipos de ativos) do Santander, com preço-alvo de R$ 37,00 e potencial de valorização de 34%, destacando que enxerga um ponto de inflexão na lucratividade à medida que o banco está expandindo gradualmente o crescimento do empréstimo e melhorando sua mistura de portfólio, o que deve continuar a apoiar a expansão da margem financeira líquida (NIM).
“Com tendências positivas em relação à qualidade do ativo e, portanto, menor custo de risco, o Santander Brasil (SANB11) parece estar no caminho certo para entregar um ROE mais alto, em torno de 16% em 2024 (de 11,2% em 2023)”, afirmam em trecho de relatório.
A unit de BTG Pactual (BPAC11) também tem recomendação outperform, com preço-alvo de R$ 46,00 e potencial de valorização de 38%. Para a casa, a instituição já provou ser capaz de navegar tanto em ambientes de taxas de juros altas quanto baixas.
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“Esperamos que o banco sustente receitas decentes na frente de banco de investimento, principalmente impulsionadas por atividades ainda fortes, combinadas com dinheiro novo líquido ainda decente para negócios de gestão de ativos e patrimônio. Enquanto isso, as receitas de empréstimos corporativos também devem continuar a sustentar uma boa receita à frente”, dizem em outro trecho.
