Apesar dos efeitos não recorrentes (eventos pontuais) no balanço do segundo trimestre, os resultados da Iguatemi (IGTI11) foram positivos e continuaram a mostrar uma trajetória operacional consistente, na visão dos analistas Bruno Mendonça, Pedro Lobato e Hermann Lee, do Bradesco BBI.
Em relatório, os analistas citaram os números operacionais positivos, como as vendas mesmas lojas, que aumentaram 12,1%, e os aluguéis mesmas lojas, que subiram 10,4%, superando a inflação. Outros pontos fortes foram o aumento da ocupação dos shoppingspara 96,4% e a redução no custo de ocupação dos lojistas para 10,5%.
Na parte financeira, o balanço foi marcado por dois grandes efeitos não recorrentes – o ganho de capital de R$ 139 milhões na venda do Market Place e Galleria e a consolidação da participação integral adquirida nos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista.
Mesmo sem contar esses efeitos, a receita líquida recorrente da Iguatemi ficou 11% acima das previsões do Bradesco BBI, enquanto olucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente e o fluxo de caixa proveniente das operações (FFO) recorrente superaram as projeções em 9%, cada.
“Apesar de todos os ajustes realizados, os resultados da Iguatemi continuaram a mostrar um sólido momento operacional”, descreveram os analistas, no relatório. “Com a conclusão da aquisição dos ‘Pátios’ chegando ao fim e aguardando apenas a confirmação do investidor estratégico no negócio do shopping Pátio Higienópolis, vemos menos espaço para revisões negativas do lucro por ação, provavelmente beneficiando a companhia no semestre”.
O Bradesco BBI reiterou a recomendação “outperform” (equivalente à compra) para a ação da Iguatemi, com preço-alvo de R$ 26. O papel fechou o pregão desta quarta-feira (6) cotado a R$ 21,48.