O Bradesco registrou a pior performance do Ibovespa na sessão desta quarta-feira (7), com as ações preferenciais (BBDC4) recuando 15,90% (R$ 13,96), e as ordinárias caindo 13,02% (R$ 12,63).
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O mau desempenho reflete o sentimento de aversão do mercado frente aos resultados do banco no quarto trimestre de 2023, abaixo do esperado pelos investidores.
A divulgação do balanço ditou o rumo do mercado acionário brasileiro hoje. Lucro líquido menor que o esperado e postura cautelosa da nova administração do banco para o ano de 2024 acabaram penalizado o setor financeiro como um todo. Nem mesmo a divulgação de um plano estratégico do banco foi suficiente para amenizar as perdas.
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O Bradesco encerrou o último trimestre de 2023 com lucro líquido recorrente de R$ 2,878 bilhões, de acordo com balanço divulgado nesta quarta (7). O resultado é 80,4% maior que o do mesmo intervalo de 2022, mas ficou 37,7% abaixo do registrado no terceiro trimestre do ano passado.
Em 2023, o Bradesco teve lucro líquido recorrente de R$ 16,297 bilhões, número 21,2% menor que o de 2022. O ano foi marcado por uma pressão da inadimplência de empréstimos concedidos até meados de 2022, mais afetados pela alta da inflação e dos juros. Para conter riscos, o banco freou as concessões de crédito em linhas mais arriscadas, o que reduziu o crescimento das receitas.
Estes efeitos se repetiram no quarto trimestre, em que o banco registrou ainda R$ 1,175 bilhão em efeitos não recorrentes. Destes, R$ 570 milhões foram destinados a uma provisão para a reestruturação, em especial na rede de agências. Trata-se de um primeiro passo do plano estratégico que o novo presidente, Marcelo Noronha, vai implementar no banco.
“Agora, o Bradesco começa a executar um novo plano de iniciativas, que não tem paralelo na história do banco”, afirmou Noronha. Ele disse que o balanço divulgado nesta quarta-feira começa a mostrar melhorias, em especial na aceleração do crédito massificado, que é mais rentável.
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