A gestão financeira, incluindo atividades como pagar contas, registrar gastos e controlar investimentos, consome 2% do tempo de vida adulta dos brasileiros. O dado está presente em um estudo realizado pelo Nubank Ultravioleta, experiência para clientes de alta renda do Nu, com o Instituto Ipsos. A pesquisa procurou olhar como as pessoas gastam seu tempo e como gostariam de aproveitá-lo idealmente.
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Em números, o tempo consumido na vida adulta com a gestão financeira equivale a 13 meses ou 400 dias. Para calcular esse intervalo, o levantamento listou 30 atividades cotidianas, classificadas entre “tempo livre” e “tempo ocupado” e perguntou aos participantes quanto tempo gastam (horas/minutos) para realizá-las. A partir disso, calculou-se o intervalo médio diário consumido (em minutos) pelos brasileiros em cada atividade
Para que os números representassem o cálculo médio em anos da vida adulta dos brasileiros, foi considerada a expectativa de vida de 76 anos, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Levando em conta apenas a vida adulta, a partir dos 18 anos, totalizaram-se 58 anos, os quais foram multiplicados pelo ano médio calculado com os dados do levantamento.
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Para concluir a pesquisa, a Ipsos realizou 1.500 entrevistas entre homens e mulheres, acima de 18 anos, de todas as classes sociais (ABCDE) nas cinco regiões brasileiras (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste), entre os dias 17 de julho e 23 de julho deste ano.
Na visão de Livia Chanes, CEO do Nubank, a tecnologia poderia ajudar a reduzir o tempo gasto com atividades relacionadas às finanças pessoais. “É impressionante pensar que as pessoas passam tanto tempo administrando suas finanças quanto aproveitando atividades ao ar livre”, diz. “Nos últimos sete anos, ajudamos nossos clientes a evitarem mais de 440 milhões de horas que seriam desperdiçadas em filas de atendimento, isso fora o tempo de deslocamento até uma agência.”
Entre outros achados do estudo, está o fato de que os brasileiros dedicam 7% da sua vida adulta ao deslocamento indo e voltando do trabalho, 5% em TV e rádio e apenas 2% a atividades ao ar livre. Já o trabalho ocupa 28% do tempo dos adultos, o equivalente a 16 anos, sendo que desses, as pessoas passam 3 anos apenas no trajeto entre a casa e o emprego.
Ainda de acordo com a pesquisa, os brasileiros têm, em média, apenas um quarto do seu tempo livre (26%), o que representa 15 anos. Mulheres são ainda sobrecarregadas com jornada dupla: gastam mais tempo do que os homens com a limpeza da casa, trabalhos domésticos e cuidado com os filhos.
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As telas (celular, televisão e jogos eletrônicos) ocupam 12% do tempo da vida adulta, o equivalente a 7 anos. Já as atividades ligadas a esporte ou bem-estar ficam com apenas 4% do intervalo livre da população.
Os dados levantados pelo Nubank Ultravioleta também mostram que as pessoas não conseguem priorizar o autocuidado durante o pouco tempo livre de que dispõem. A maior parte dos participantes (42% do total) disse que, se tivesse mais horas sem ocupações, iria querer utilizá-las com viagens.
Outros 36% informaram que gostariam de aproveitar esse tempo dormindo, enquanto 27% prefeririam assistir à TV e 26% desejariam praticar esportes e exercícios físicos. Já 23% dos respondentes usariam as horas disponíveis para descanso e ócio.