O Santander acredita que as trocas na diretoria da Braskem (BRKM5) anunciadas na última quarta-feira (4) pela companhia, assim como a recente alteração de CEO, sugerem que mudanças corporativas significativas estão no horizonte. O banco argumenta que o novo diretor financeiro e de relações com investidores, Felipe Montoro Jens, traz uma experiência diferente para a função, dada a percepção de que seu perfil é inclinado para a realização de negócios.
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Isso poderia indicar, na opinião dos analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz, uma possível mudança de estratégia da Novonor em relação à Braskem, ao mesmo tempo em que Jens historicamente desempenhou papéis importantes em várias subsidiárias da controladora. As mudanças, para Almeida e Muniz, poderiam estar relacionadas aos bancos convertendo a dívida da Novonor em ações da Braskem.
“No geral, embora nos faltem detalhes sobre uma possível mudança na composição acionária na Braskem e, portanto, sobre as consequências para os acionistas minoritários, nosso sentimento é de que mudanças significativas estão iminentes”, escrevem.
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Na semana passada, o conselho de administração da companhia aprovou a eleição de Roberto Prisco Paraiso Ramos para o cargo de diretor presidente, no lugar de Roberto Bischoff. E ontem ele anunciou uma reorganização na diretoria executiva com a mudança de quatro nomes, além de mudanças nas lideranças das operações dos EUA e México. Oito executivos deixaram a companhia.
O Santander tem recomendação outperform (equivalente à compra) para as ações da Braskem, com preço-alvo de R$ 27, o que representa um potencial de alta de 75,6% ante o fechamento de ontem.